O presidente dos EUA, George W. Bush, visita neste domingo o marco zero, o local onde se erguiam as Torres Gêmeas do World Trade Center, para marcar os cinco anos dos atentados da Al-Qaeda contra o país.
Em ano eleitoral, as atenções crescentes de Bush para o 11 de Setembro intensificam o debate sobre se ele foi capaz de tornar os Estados Unidos mais seguros.
O índice de aprovação de Bush e de seu governo subiu vertiginosamente nos dias que se seguiram aos ataques da Al-Qaeda em 2001. Mas a unidade dos americanos que lamentavam as 3 mil mortes nos atentados deu lugar desde então a profundas divisões sobre a guerra no Iraque e as estratégias de Bush na guerra ao terrorismo.
Os debates ficaram mais acirrados desde sexta-feira, quando um relatório do Senado dos EUA sustentou que nunca houve vínculo entre Saddam Hussein e a Al-Qaeda - uma associação que compôs o quadro de justificativas para a guerra. No dia anterior, Bush viera a público pela primeira vez para confirmar a existência de prisões secretas da CIA no exterior para suspeitos de terrorismo - que suscitam duras críticas da ONU . No sábado, em seu programa semanal de rádio, ele chamou a estratégia de "inestimável" .
Viagem da tragédia
Numa viagem de dois dias aos três locais onde caíram os aviões seqüestrados no 11 de Setembro - o World Trade Center, o Pentágono e o campo na Pensilvânia onde caiu um avião da United Airlines - Bush vai tentar colocar de lado questões partidárias. Pelo menos temporariamente.
Segundo porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, ele não tem discursos escritos preparados. Neste domingo, ele vai comparecer a um culto em Nova York, no marco zero. Na segunda-feira, ainda na cidade, ele visitará bombeiros. Na noite de amanhã, ele faz também um pronunciamento à nação pela TV . Segundo o porta-voz, ele vai refletir sobre a data e discutir a guerra ao terrorismo.