As autoridades australianas advertiram nestes sábado sobre o crescente número de meninas e meninos adolescentes que deixam o país para se unir às fileiras do grupo autodenominado Estado Islâmico (EI), número que passou de 75 no final de 2014 a 90.

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"Cada vez mais e mais jovens são tentados aqui na Austrália pelo glamour de lutar com o EI em uma guerra civil", disse o procurador-geral e senador australiano George Brandis, em declarações recolhidas pela emissora local "ABC".

"A princípio, talvez há seis meses, nossa preocupação se centrava nos jovens. Mas uma análise mais recente das agências nacionais de segurança aponta para o aumento de meninas que saem do país para se unir também à luta", detalhou Brandis.

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Segundo o procurador-geral, "a população australiana deveria ser consciente que se trata de um problema real e cada vez maior".

Os australianos estrearam neste mês uma legislação antiterrorista mais dura que concede amplos poderes aos corpos de segurança para, entre outras coisas, vigiar pessoas que viajam para se tornar jihadistas e as que retornam após terem participado com o EI no conflito na Síria e Iraque.

A Austrália se viu sacudida em dezembro pelo sequestro em uma cafeteria de Sydney protagonizado por um nacional de origem iraniana, que terminou com a morte de dois reféns e o sequestrador.