A camareira do hotel de Nova York que acusou o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn de tentar estuprá-la disse, em entrevista publicada no site da Newsweek no domingo, que ele apareceu como um "homem louco" e a atacou quando ela entrava no quarto.
Nafissatou Diallo também deu à revista e à ABC News permissão para identificá-la pelo nome. A entrevista marca a primeira vez que a imigrante de Guiné para os EUA, de 32 anos, falou publicamente desde que chocou o mundo com as alegações de que Strauss-Kahn saiu pelado do banheiro de sua suíte de luxo em 14 de maio e a forçou a fazer sexo oral.
Até o momento, a Reuters mantinha a prática norte-americana de proteger a identidade de supostas vítimas de estupro.
No domingo, a ABC News também anunciou que transmitiria uma entrevista com Diallo na manhã desta segunda-feira.
"Eu quero justiça. Eu quero que ele vá para a prisão", disse ela em trechos da entrevista televisionada, divulgados no domingo. "Eu quero que ele saiba que há lugares que você não pode usar seu dinheiro, não pode usar seu poder quando fizer algo assim."
Um dos advogados de Diallo, Douglas Wigdor, disse à Reuters que ela resolveu falar para mostrar ao mundo que ela não é uma "artista ou prostituta". "Ela está sendo atacada... e ela achou que era importante mostrar seu nome e seu rosto", afirmou Wigdor.
Ela também planeja abrir um processo civil em breve, o que significa que o nome dela se tornaria público, acrescentou o advogado.
A ABC divulgou que Diallo também reconheceu "erros", mas disse que isso não deveria impedir os promotores de seguirem adiante.
Diallo, que concordou em ser fotografada para a edição da próxima semana da Newsweek, afirmou que Strauss-Kahn apareceu pelado na frente dela quando ela abriu a porta da suíte. Ele a elogiou e a atacou apesar dos protestos dela, segundo Diallo.
Strauss-Kahn nega todas as acusações.
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