A candidata republicana à vice-presidência dos Estados Unidos, Sarah Palin, acusou o candidato democrata Barack Obama no sábado (4) de ligação com terroristas, marcando uma mudança de tom na corrida pela Casa Branca.
O comentário foi minimizado por Obama como "política de sarjeta", mas aparentemente reflete um esforço da campanha do senador John McCain de atacar o julgamento de Obama, em um momento em que o senador de Illinois reafirma sua liderança na disputa e abre vantagem em Estados disputados, a um mês das eleições de 4 de novembro.
As afirmações vieram após a campanha de McCain chamar Obama de mentiroso e dias depois de os dois candidatos pedirem ao Congresso para deixar de lado as políticas partidárias para a aprovação do plano de 700 bilhões de dólares de socorro ao sistema financeiro do país, em uma tentativa de reanimar os mercados de crédito.
Em um comício em Englewood, Colorado, Palin questionou o caráter de Obama. "Nosso oponente é uma pessoa que vê a América, aparentemente, como sendo tão imperfeita, imperfeita o suficiente para ele se amigar com terroristas que se virariam contra o próprio país", disse Palin.
Ela citou uma reportagem do New York Times no sábado que examina o relacionamento de Obama com Bill Ayers, um ex-membro do movimento Weather Underground, de militância contra a guerra do Vietnã. Ayres é hoje um professor da Universidade de Illinois, em Chicago. O jornal concluiu que os dois não são próximos.
Em Costa Mesa, Califórnia, após receber 2 milhões de dólares de doadores, a governadora do Alasca disse que ela e McCain vão "começar a dizer aos americanos mais e mais agressivamente, eu acho, sobre as escolhas" na eleição.
O assessor de Obama Hari Sevugan disse "hoje, o time de McCain-Palin deu mais um passo desesperado em sua campanha desacreditada e desonrada, anunciando que eles tentariam 'virar a página da crise financeira' e lançando mais ataques pessoais contra o senador Obama."
"Ao invés de oferecer soluções para os trabalhadores americanos e suas famílias lutando em uma economia em declínio, ele ofereceram mais política de sarjeta e ataques falsos", disse ele em um comunicado.
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