Pesquisadores dos Estados Unidos, anunciaram ter conseguido pela primeira vez clonar camundongos saudáveis utilizando células de pele.
Além de ser uma técnica mais eficiente para clonar camundongos, os pesquisadores dizem que o método pode ser útil para gerar células-tronco embrionárias.
Pesquisadores haviam anteriormente conseguido clonar camundongos usando outros tipos de células adultas, mas esse processo se mostrou ineficiente.
Os resultados da pesquisa, publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, abrem a possibilidade para a utilização da técnica no estudo e no tratamento de doenças como diabetes, mal de Alzheimer e mal de Parkinson.
Apesar das notórias dificuldades em produzir animais por clonagem, 9 dos 19 camundongos produzidos pela técnica sobreviveram à idade adulta.
Os cientistas substituíram o núcleo de um óvulo não-fertilizado pelo núcleo de uma célula-tronco de pele adulta.
Segundo os cientistas, os embriões produzidos desta forma podem ser uma fonte útil de células-tronco.
Queratinócitos
No estudo, cientistas da Universidade Rockfeller e do Instituto Médico Howard Hughes usaram um tipo de célula-tronco encontrado na pele, chamada queratinócito, interessante para os cientistas por ser facilmente acessível.
As células são encontradas em folículos capilares encontrados sob a pele, e estão envolvidas no crescimento do cabelo e no reparo de ferimentos na pele.
A existência dessas células é conhecida há algum tempo, mas os cientistas apenas recentemente descobriram que elas podem se auto-renovar e produzir diferentes tipos de célula as características das células-tronco.
O isolamento dessas células se mostrou problemático. Mas a equipe de cientistas conseguiu criar embriões de camundongos removendo o núcleo de um óvulo não-fertilizado e o substituindo pelo núcleo de uma célula adulta de pele.
As células foram então colocadas em cultura num laboratório para se tornarem embriões em estágio inicial, chamados blastocistos.
Eles foram então postas no útero de fêmeas adultas para o desenvolvimento das gestações.
Fêmea x Macho
Normalmente, apenas 1% ou 2% desses blastocistos sobrevivem até o nascimento, e muitos camundongos clonados não são saudáveis.
Nesse estudo, o índice de sucesso foi de apenas 1,6% usando células de pele de fêmeas de camundongos e 5,4% usando células de machos.
Os pesquisadores acreditam que a diferença foi causada pelo fato de as células de fêmeas passarem por mudanças mais complexas do que as células dos machos.
Segundo eles, os blastocistos criados podem ser usados como uma fonte de células-tronco.
Essas células poderiam, em tese, ser usadas para produzir qualquer outro tipo de célula, incluindo células nervosas ou musculares.
Isso permitiria, por exemplo, que um paciente pudesse receber uma terapia baseada em células produzidas a partir de sua própria pele, evitando problemas de rejeição.
"O trabalho abre a porta para a geração de células-tronco embrionárias, o que é mais fácil do que clonar camundongos a partir de células-tronco de pele adultas", explica a pesquisadora Elaine Fuchs, do Instituto Médico Howard Hughes.
"Se os pesquisadores superarem as barreiras técnicas para produzir células-tronco embrionárias humanas por clonagem nuclear, pode ser um dia possível gerar células-tronco embrionárias sob medida a partir de células da pele do paciente", diz ela.
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