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Candidato colombiano Juan Manuel Santos é ex-ministro da defesa do atual presidente Álvaro Uribe | Reuters
Candidato colombiano Juan Manuel Santos é ex-ministro da defesa do atual presidente Álvaro Uribe| Foto: Reuters

O candidato da situação à Presidência da Colômbia, Juan Manuel Santos, acusou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de tentar impedir sua chegada ao poder para tentar levar a "revolução bolivariana" venezuelana à nação vizinha.

Santos, ex-ministro da Defesa do presidente Álvaro Uribe e candidato que aparece nas pesquisas como um dos favoritos para ganhar a presidência à frente do independente Antanas Mockus, disse que se for eleito manterá as políticas de segurança da Colômbia, mas dará mais ênfase à economia e ao investimento social para reduzir o desemprego e a pobreza.

Em entrevista ao Reuters Latin American Investment Summit, o candidato do Partido Social da Unidade Nacional admitiu ter diferenças profundas com a revolução bolivariana liderada por Chávez na Venezuela, país com a qual a Colômbia divide uma extensa fronteira.

Ao ser consultado sobre críticas que Chávez tem lançado, dizendo que se Santos ganhar será difícil retomar as relações bilaterais atualmente congeladas, o candidato sustentou que "essas declarações querem tentar impedir que eu chegue à Presidência da Colômbia por muitos motivos."

"Sempre tem sido um objetivo da revolução bolivariana o que eles chamam de oligarquia santanderista, que é o estabelecimento colombiano, e eles sabem que aí eu colocarei uma segurança como a que colocou Uribe e por isso preferem alguém que não seja tão difícil de infiltrar para que essa revolução tenha fruto na Colômbia", disse.

O político, de 58 anos, revelou que em seu eventual governo buscará que a economia colombiana cresça a uma taxa anual de 5 por cento sustentada pela produção agrícola, a construção de moradias para os pobres, obras de infraestrutura, a mineração e o petróleo e investindo em capital humano com educação de qualidade.

"Eu sempre privilegiei o acordo e sempre acreditei em algo que denomino a terceira via, o mercado até onde seja possível e o Estado até onde seja necessário", afirmou ao esboçar suas políticas econômicas.

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