Os cinco candidatos a primeiro-ministro do Japão prometeram neste domingo (28) durante debate, resolver a crise nuclear do país e reanimar a economia. Entretanto, nenhum dos cinco que buscam substituir o atual ocupante do cargo, Naoto Kan, deve conseguir a maioria necessária de 200 votos entre os legisladores do Partido Democrático no primeiro turno de votação, que ocorrerá nesta segunda (29).
Se ninguém conseguir a maioria, será realizado um segundo turno entre os dois primeiros. É praticamente certo que o vencedor da votação entre os democratas torne-se o próximo primeiro-ministro porque o partido controla a câmara baixa do Parlamento, que escolhe o premiê.
O interesse público tem sido muito baixo, o que destaca o desânimo generalizado com a política. O debate realizado neste domingo (28) entre os candidatos não foi transmitido ao vivo em nenhuma das principais redes de TV. "Ultimamente, no Japão, um primeiro-ministro que dura um ano é um milagre", disse Minoru Morita, que escreveu vários livros sobre a política japonesa. Ele prevê mais confusão em breve, incluindo uma possível divisão no partido governista nos próximos meses.
A imprensa japonesa informou hoje que o ministro da Economia, Banri Kaieda, tinha uma ligeira vantagem sobre os outros candidatos. Na disputa contra Kaieda estão o ex-ministro das Relações Exteriores, Seiji Maehara; o ministro das Finanças, Yoshihiko Noda; o ministro das Agricultura, Michihiko Kano, e o ex-ministro dos Transportes, Sumio Mabuchi.
Independente de quem vencer, o novo primeiro-ministro deve ficar apenas um ano no poder porque estará apenas finalizando o mandato de Kan, que anunciou na sexta-feira que iria renunciar. As informações são da Associated Press.
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