Uma pesquisa realizada pela Microsoft aponta que os seres humanos conseguem se concentrar em algo por apenas oito segundos, em média. O tempo é um segundo menor do que o de um peixinho-dourado (comuns em aquários domésticos), segundo estimativa dos cientistas.
De acordo com o estudo, publicado pela rede BBC, a redução no tempo de atenção dos humanos está relacionada com a tecnologia – sobretudo ao hábito de usar smartphones e outros dispositivos de mídia portáteis.
Em 2003, quando estes equipamentos não eram tão populares, os humanos tinham uma concentração média de 12 segundos.
“Canadenses [indivíduos que participaram da pesquisa] com um estilo de vida mais digital (aqueles que consomem mais mídia, consultam várias telas ao mesmo tempo, entusiastas de mídias sociais e os que adotaram a tecnologia mais cedo) têm dificuldade de se concentrar em ambientes onde a atenção prolongada é necessária. Por quê? Devido à adrenalina do que é novo”, escreverem os pesquisadores.
O uso de vários dispositivos simultaneamente – como assistir tevê mexendo no celular – dificulta filtrar as informações que chegam por esses meios, concluem os pesquisadores.
O resultado, porém, é amenizado, já que os cientistas apontam que o cérebro humano pode estar se adaptando a estas novas necessidades, o que torna o tempo mais curto de concentração algo natural.
A pesquisa, feita no Canadá, envolveu 2 mil pessoas que responderam a um questionário e participaram de jogos online. Além disso, exames de eletroencefalograma foram realizados em outros 112 voluntários enquanto eles assistiam vários tipos de mídia.