O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi alvo de protestos nesta sexta-feira (4) em 20 cidades colombianas e em várias cidades pelo mundo, principalmente na América Latina.
Com palavras de ordem como "Não mais Chávez" e "Chávez ditador", manifestantes marcharam pacificamente em locais como Nova York, Madri, Paris, Bruxelas, Hamburgo, Toronto, e até Caracas, capital da Venezuela.
"Chavez não quer gerar bem-estar mas oprimir e empobrecer o povo, levar a Venezuela ao confronto, prender os que se opõem. Usa o nome de nosso libertador, Simón Bolívar, como desculpa para sua revolução, manipulando seu legado histórico", disseram os manifestantes num documento lido na ocasião, numa avenida do leste de Caracas.
Vestidos de branco, levando bandeiras venezuelanas e conclamando "Não mais Chávez", os venezuelanos denunciaram o "desperdício" dos recursos do país, a "intransigência" do presidente e sua "intromissão" em assuntos de outros países.
"Esta é a maneira de demonstrar nossa rejeição às políticas interna e externa do presidente Chávez, para mostrar que queremos uma Venezuela diferente, livre e soberana", declarou Héctor Castillo, professor universitário.
O grupo "Marcha Mundial contra Chávez em 4 de Setembro" criado pelo colombiano Alejandro Gutiérrez, um economista e empresário de 28 anos, teve, em 10 dias, 342.538 adesões no site de relacionamento Facebook.
Eles protestam contra as opiniões de Chávez contrárias ao acordo militar entre Colômbia e EUA. Segundo o venezuelano, o acordo significa uma "intervenção" norte-americana no subcontinente. O governo colombiano contesta a versão.
Reação
Ao mesmo tempo, grupos de simpatizantes do presidente venezuelano anunciaram eventos para apoiá-lo em 50 países.
Em poucos dias, numerosos grupos contrários a Chávez, criados através da internet em diferentes partes do mundo fizeram circular a informação.
De Caracas a Sydney, passando por Nova York e algumas capitais europeias, serão realizadas manifestações.
Durante visita à Síria, Chávez recebeu nesta sexta um "banho de multidão" num estádio lotado em Suaida, provincia do sul daquele país. "Viva Chávez", "viva Chávez"! gritaram milhares de moradores da província drusa.
"O Estado de Israel se converteu em lacaio assassino. Daqui saúdo o povo de Israel mas condeno seu governo genocida que persegue o povo heróico da Palestina", disse o presidente em discurso, acrescentando que "Israel deve devolver as colinas de Golã e os territórios que pertencem à Síria".
Na véspera, Chávez havia qualificado os protestos contra ele como uma 'ideia estúpida'.
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