O capitão Francesco Schettino, que comandava o navio Costa Concordia, que naufragou na sexta-feira passada (13) e deixou pelo menos 11 mortos ao largo da costa da Toscana, negou nesta terça-feira as acusações de que abandonou a embarcação. "O capitão defendeu seu papel na direção do navio após a colisão, o que na visão dele salvou centenas, senão milhares de vidas", disse Bruno Leporatti, advogado de Schettino. "O capitão especificou que ele não abandonou o navio", disse Leporatti à agência France Presse (AFP).
Segundo o promotor de Justiça da província de Grosseto, Francesco Verusio, "no momento as acusações contra Schettino são de homicídio culposo (sem a intenção de matar) múltiplo, naufrágio e abandono de navio". O promotor disse à agência Ansa da Itália que Schettino se arrisca a uma pena máxima de 15 anos de prisão.
Verusio disse que com os cinco corpos encontrados nesta terça-feira (17), o que elevou a 11 o total de mortos no naufrágio, podem existir ainda 23 desaparecidos. Quatro corpos encontrados são de homens e o quinto é de uma mulher na faixa dos 50 a 60 anos. As autópsias dos corpos serão feitas amanhã no Hospital de Orbetello, na província de Siena. Equipes de socorro da Guarda Costeira trabalham com pressa e contra o tempo, porque o clima deverá piorar perto da ilha de Giglio, onde a embarcação está encalhada, na quarta-feira. Ainda existem chances de sobreviventes serem encontrados mas elas são remotas.
O ministro do Meio Ambiente da Itália, Corrado Clini, disse à Ansa que o governo poderá declarar Estado de emergência na costa da Toscana nas próximas horas. O governo teme que 2.000 toneladas de combustível ainda armazenadas nos tanques do navio vazem e provoquem um desastre ambiental no Arquipélago Toscano.
As informações são das agências Ansa e Dow Jones.
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