Hoje, diante da Suprema Corte de Justiça (TSJ), o líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, fará o pedido formal de impugnação da eleição presidencial que elegeu Nicolás Maduro no dia 14 de abril.
O líder opositor e ex-candidato presidencial ele foi o segundo mais votado não reconhece o resultado da eleição. Por causa de uma estreita margem de votos, cerca de 250 mil num universo de 12,5 milhões, Capriles pediu uma recontagem e, depois, a auditoria de 100% dos sufrágios com base na revisão dos recibos de votação, nas atas e nos cadernos eleitorais.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) decidiu fazer essa revisão, mas sem autenticar as marcas dos cadernos eleitorais, o que levou Capriles a se desvincular da auditoria.
"Embora esteja ciente da realidade, nós vamos esgotar toda a institucionalidade e todas as instâncias internas", disse Capriles ao reconhecer a falta de expectativa que tem em levar sua reivindicação à Suprema Corte.
O líder opositor assinalou que não tem "nenhuma dúvida que este caso vai terminar na comunidade internacional". "Este caso vai percorrer cada país onde houver democracia", disse.
"Esta crise política foi gerada pelo próprio governo", completou o opositor ao lembrar que, na noite de 14 abril, Maduro aceitou a revisão dos votos. Em suas declarações de ontem, Capriles rejeitou mais uma vez a "auditoria chimba [mal-feita]" que foi articulada pelo CNE.
Defesa
Ontem, Capriles também defendeu a luta da oposição, que, segundo ele, parte em busca da verdade, e convocou seus simpatizantes a protestar de forma pacífica.
"Nossa luta é uma luta pela verdade e a verdade tem que ser imposta de forma pacífica", afirmou o opositor ao assegurar que o governo de Maduro é "frágil", "ilegítimo", "tem pés de barro" e "pode cair a qualquer momento".
"Este governo vai cair com base nos mecanismos que a própria Constituição estabelece", disse.
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