Segundo revista, Carla Bruni teria recebido dinheiro público para sua ONG| Foto: afp

A primeira-dama da França, Carla Bruni, negou neste sábado (7) que sua fundação tenha recebido verbas públicas, após uma revista acusá-la de receber irregularmente 3,5 milhões de euros (cerca de US$ 4,45 milhões) do Fundo Mundial de Luta contra a Aids, a Tuberculose e a Malária.

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"A insinuação de que verbas teriam vindo de parceiros públicos é totalmente sem fundamento", indica um comunicado divulgado no site da ONG, que reivindica uma "contabilidade limpa".

Em sua nota intitulada "direito de resposta", a cantora e esposa do presidente francês, Nicolas Sarkozy, sai em defesa das acusações feitas em um artigo de Frédéric Martel, publicada pela revista francesa "Marianne".

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Carla Bruni garante também que sua fundação nunca recebeu ajuda do Ministério de Cultura da França através do Centro Nacional do Livro. Ela diz ainda que a organização ocupa escritórios pelos quais paga aluguel.

O comunicado de resposta não faz qualquer referência, no entanto, ao Fundo Mundial de Luta contra a Aids, a Tuberculose e a Malária, que constitui o centro da linha de argumento do artigo.

De acordo com Martel, esse fundo, do qual Carla é embaixadora, transferiu o dinheiro "à margem da legalidade, sem licitação, a pedido da primeira-dama da França e para várias empresas de um de seus amigos".

A revista refere-se ao músico e empresário Julien Civange, conselheiro e testemunha de casamento de Carla Bruni com o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

A cantora alega que sua fundação conseguiu em dois anos e meio cerca de 8 milhões de euros de "doadores e parceiros", suficientes, segundo ela, para realizar suas ações.

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O escândalo ao qual se refere "Marianne" e do qual ainda não dá muitos detalhes teria custado o posto ao embaixador francês sobre a Aids, Patrice Debré, uma vez que saiu à luz no conselho de administração que essa instituição realizou em Acra (Gana) no final de novembro do ano passado.

A diplomacia francesa, no entanto, atribui a saída de Debré a "uma mudança de posicionamento do fundo", segundo o jornal "Libération".

Carla Bruni-Sarkozy se tornou embaixadora mundial contra a Aids em 2008. Seu irmão tinha morrido vítima da doença.