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Obama discursa durante encontro do G20 na Rússia | REUTERS/Kevin Lamarque
Obama discursa durante encontro do G20 na Rússia| Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

Uma coalizão de 11 países pediu hoje (5) em São Petersburgo, durante encontro do G20, uma "resposta internacional forte" contra o regime sírio, acusado de realizar um ataque com armas químicas.

Os presidentes de Austrália, Canadá, França, Itália, Japão, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Espanha, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos assinaram o comunicado, no qual condenam "da maneira mais forte" os ataques de 21 de agosto nos arredores de Damasco e pedem "uma forte resposta internacional a esta grave violação da legislação internacional".No documento divulgado pela Casa Branca, os países assinalam que condenam "o horrível ataque químico na periferia de Damasco em 21 de agosto, que custou a vida de muitos homens, mulheres e crianças".

Destacam, ainda, que "as evidências claramente demonstram que o governo sírio foi responsável pelo ataque". Por isso, afirmam que "suportam os esforços feitos pelos Estados Unidos e outros países para reforçar a proibição do uso de armas químicas".

Segundo relatório da inteligência americana, a ação na Síria deixou 1.429 mortos, sendo 426 crianças, o que poderia ser o pior incidente com armas químicas em 25 anos.Pouco apoio

Apenas cinco países do G20 respaldaram a ação armada sem a autorização da ONU - Arábia Saudita, Canadá, França, Turquia e Reino Unido, cujo Parlamento negou autorização para intervir na Síria.

Em nota divulgada pelos Estados Unidos, Austrália, Itália, Japão e Coreia do Sul afirmam que Assad usou armas químicas, mas descartam intervir na Síria sem apoio da ONU. Os outros países também requisitam autorização, embora não saibam ou não acusem o regime pela morte dos civis.

Mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a intervenção seria contraproducente e perturbaria a economia mundial. Ele lembrou que a maioria dos países, incluindo a Rússia, é contrária a uma ação armada sem respaldo do Conselho de Segurança.

"As opiniões não estão divididas pela metade. [...] A chanceler alemã é cautelosa e o país não vai participar de nenhuma ação militar. Quem condena e se opõe a esse modo de ação? Rússia, China, Indonésia, Argentina, Brasil, África do Sul e Itália, além do secretário-geral da ONU. E não podemos esquecer do papa, que considerou a intervenção inadmissível".

Diante da possibilidade de veto da Rússia, uma das principais aliadas do regime de Bashar al-Assad, Obama afirmou que atuará mesmo sem autorização do Conselho de Segurança da ONU e disse que preferiria uma ação armada com a participação e respaldo de outros países.

"Não estou me coçando para fazer uma intervenção militar. Eu sei que fui criticado nos últimos anos por não atuar. Tenho uma reputação razoavelmente merecida e um pensamento sóbrio sobre o envolvimento militar."

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