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Resistência

Casa Branca é criticada por poupar aliados

Washington - Com a atenção dos EUA voltada para a Líbia, Washington vem sendo cada vez mais questionada sobre o porquê de uma intervenção contra Muamar Kadafi e não contra os líderes do Iêmen e do Bahrein, que continuam a atacar opositores.

A Casa Branca já começou a se defender e diz que a política para todos é a mesma, mas que a violência contra civis nos dois aliados não atingiu o ponto crítico da Líbia.

A argumentação de Wa­shin­­gton é que a ação militar na Líbia é uma obrigação moral inevitável.

Mas influentes analistas afirmam que a intervenção contra Kadafi é, sim, "guerra de escolha". "Pri­­meiro, interesses americanos na Líbia são menos do que vitais", disse Richard Haas, presidente do Council on Foreign Relations. "A Líbia só tem 2% da produção pe­­trolífera mundial. A escala da crise humanitária não é única – e o que está ocorrendo não é estritamente uma intervenção humanitária."

Por outro lado, é claro o interesse americano em manter lideranças amigáveis e estabilidade no Iêmen e no Bahrein. O governo bareinita, para começar, abriga importante base naval dos EUA.

Outro problema é que a Arábia Sau­­dita, maior aliado de Wa­­shington no mundo árabe, já vem se entranhando no conflito em Bahrein em defesa do governo sunita. Além disso, há o temor de que a queda dos sunitas em Bahrein abra espaço para grupos políticos xiitas supostamente apoiados pelo Irã.

De toda forma, uma vez escolhida a ação na Líbia, dificilmente Washington conseguirá apoio doméstico para intervir em mais um país.

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