Futuro
Rede terrorista passará por crise de sucessão Dubai
A rede Al-Qaeda, que já estava enfraquecida e sem o controle direto dos grupos que se consideram parte da organização, deve passar por uma crise de sucessão com a morte de Osama bin Laden, estimam analistas.
Para Mohamad Abu Ruman, jordaniano especialista em movimentos islâmicos, "Osama bin Laden representava um símbolo. Com a sua morte, nenhuma outra pessoa da rede tem o carisma do líder", diz. O especialista destaca que o "número dois" da rede, o egípcio Ayman al Zawahiri, "não é uma unanimidade" entre os membros. Braço direito e um dos fundadores da Al-Qaeda, o médico egípcio de 60 anos foi um dos pilares do grupo da "Jihad Islâmica" egípcia antes de conhecer Bin Laden no Afeganistão. Ayman al Zawahiri trouxe muitos ativistas e um grande senso de organização. Por sua captura foram oferecidos US$ 25 milhões, o mesmo que pagariam por Osama bin Laden. Abu Ruman considera que a rede fundada por Bin Laden em 1988 tem perdido força nos últimos anos e com a morte do líder deve se desgastar ainda mais.
AFP
Washington - A Casa Branca estuda se deve publicar ou não as fotos do cadáver de Osama bin Laden. Em conferência com jornalistas, o assessor da Presidência para combate ao terrorismo, John Brennan, indicou que muitas informações já se tornaram públicas em curto espaço de tempo após o fato.
"Queremos compartilhar toda informação que podemos para que os EUA e o mundo possam entender o que aconteceu", afirmou. Ele disse, no entanto, que não quer colocar em risco o sucesso de operações futuras contra outros líderes terroristas.
Até ontem à noite, os EUA não divulgaram nenhuma imagem do corpo de Bin Laden. Uma foto do líder foi difundida depois do anúncio de Barack Obama, mas a imagem não era verdadeira.
O Paquistão só foi informado da presença de helicópteros e forças de elite da Marinha americana após o término da operação que matou Osama bin Laden numa clara violação da soberania do Estado paquistanês informou Brennan.
A violação da soberania paquistanesa pode complicar as relações dos EUA com o Paquistão, aliado-chave dos norte-americanos na batalha contra a militância do Taleban e na guerra no Afeganistão.
Essas relações já têm sido prejudicadas por ataques de aviões dos EUA não tripulados no oeste do país e pela prisão por seis semanas de um agente a serviço da CIA, no início deste ano.
Corpo no mar
Um sepultamento no mar marcou o desfecho do terrorista Osama bin Laden, localizado e morto com um tiro na cabeça no Paquistão após quase dez anos de buscas pelas forças dos EUA.
Funcionários do governo afirmam que um exame de DNA confirmou com "99,9% de certeza a identidade do terrorista.
Não está claro como o DNA foi testado. Por enquanto, o mais provável é que o material recolhido do corpo tenha sido comparado com DNA recolhido de familiares de Bin Laden após o 11/9 uma de suas irmãs morreu de câncer no cérebro há cerca de um ano em Massachusetts.
Além de evitar a criação de um ponto de "peregrinação, a decisão de levar o corpo ao mar foi creditada ao curto período de tempo entre o fim do ataque e a conformidade com rituais islâmicos.