A Casa Branca disse nesta segunda-feira (29) que o Hamas precisa parar de lançar mísseis contra Israel e concordar com um cessar-fogo duradouro, depois que ataques aéreos contra Gaza mataram mais de 300 palestinos em três dias.
Os Estados Unidos não exigiram o fim dos ataques contra Gaza, que é controlada pelo Hamas, e pôs o ônus da responsabilidade pelo fim da violência na facção palestina, que é considerada uma organização terrorista por Washington.
"Os Estados Unidos entendem que Israel precisa tomar iniciativas para se defender", disse o porta-voz da Casa Branca Gordon Johndroe, respondendo sobre as ações de Israel serem ou não justificadas.
Os Estados Unidos disseram que os ataques a mísseis do Hamas provocaram Israel, depois que o Hamas declarou o fim da trégua de seis meses com Israel em 19 de dezembro.
"O Hamas mais uma vez mostrou sua verdadeira face como uma organização terrorista que se recusa sequer a reconhecer o direito de Israel existir", disse Johndroe. "A fim de pôr fim à violência, o Hamas precisa parar de lançar mísseis contra Israel e concordar em respeitar um cessar-fogo sustentável e duradouro."
O presidente George W. Bush, que está de férias em sua fazenda no Texas, não fez nenhum comentário público sobre a violência, desde que os ataques aéreos israelenses começaram no sábado.
Ele falou com o rei Abdullah, da Jordânia, na segunda-feira, reafirmando o desejo dos EUA de ver o fim "duradouro" da violência em Gaza, disse Johndroe.
Bush também falou com o rei Abdullah, da Arábia Saudita, no fim de semana e a secretária de Estado Condoleezza Rice está em contato com seus colegas na região, incluindo Israel, Egito e Arábia Saudita, para conseguir um cessar-fogo duradouro.
Nem Bush nem Rice entraram em contato com o presidente palestino Mahmoud Abbas.
"Estamos encorajando todos os países da região a participarem ativamente na renovação do cessar-fogo, de forma que possamos retomar a calma relativa que foi desfrutada na região ao longo dos últimos seis meses", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Gordon Duguid.
Bush, que esperava um acordo de paz até o fim de seu mandato em 20 de janeiro, vai passar a seu sucessor, o presidente eleito Barack Obama, as tensões crescentes no Oriente Médio, junto com as guerras no Afeganistão e Iraque e a recessão econômica norte-americana.
O Hamas, um movimento islâmico, vem confrontando os ataques israelenses, os mais violentos desde a guerra de 1967. Suas forças enviaram um salvo de mísseis contra a cidade Ashkelon, matando uma pessoa.
- Gaza vai repetir derrota israelense no Líbano, diz cientista político palestino
- ONU diz que 57 civis estão entre os mortos em Gaza; Israel prepara ataque terrestre
- Entenda o conflito na Faixa de Gaza
- Israel volta a atacar e mortos chegam a 345 em Gaza
- Governo brasileiro pede a Israel fim de bombardeios à Faixa de Gaza
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada