A Casa Branca rejeitou no domingo uma proposta de dois influentes senadores republicanos que exigiria que o presidente norte-americano, George W. Bush, planejasse uma possível retirada de soldados do Iraque até o fim do ano.
O conselheiro de segurança nacional de Bush, Stephen Hadley, disse que é cedo demais para mudar a estratégia no Iraque. Qualquer consideração deve esperar um relatório sobre a situação, que deve ser apresentado em setembro pelo general David Petraeus, mais alto comandante militar dos EUA no Iraque, e pelo embaixador dos EUA, Ryan Crocker.
Hadley também procurou minimizar comentários feitos pelo primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, de que o Iraque estará pronto para assumir a segurança "a qualquer momento" que as forças norte-americanas se retirarem. Hadley disse que isso é uma meta, mas que são necessários mais equipamentos e treinamento.
Segundo a proposta feita esta semana pelos senadores republicanos John Warner e Richard Lugar, Bush teria que planejar uma redução ou nova organização de tropas que poderia entrar em vigor depois de 31 de dezembro. A proposta não estabelece prazos obrigatórios de ação, mas afirma que o plano deveria estar pronto até 16 de outubro.
Questionado no programa "Fox News Sunday" se esse plano era aceitável para a Casa Branca, Hadley disse: "Não. Ouvir o relatório dos nossos comandantes em terra, em setembro, é o primeiro passo".
Um relatório interino, divulgado na semana passada, apontou que o Iraque teve progresso apenas limitado em atingir as metas de reconciliação política e segurança.
Lugar disse no programa "This Week", da rede ABC, que Bush poderia começar a trabalhar em uma estratégia para depois de setembro, fazendo um planejamento com Petraeus e preparando a base diplomática. "Não temos que esperar até 15 de setembro e o relatório do general Petraeus", afirmou.
Warner e Lugar estão entre as mais destacadas vozes do Partido Republicano, de Bush, no Senado em questões militares e de relações exteriores.