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Um grupo de mexicanos protestou no domingo contra um projeto que busca legalizar o aborto na capital do segundo país do mundo com maior número de católicos. O projeto dividiu o país e até gerou protesto do papa Bento 16.

A catedral metropolitana da Cidade do México recebeu cerca de mil católicos, incluindo famílias vestidas de branco, que assistiram à missa dominical após exibir pelas ruas cartazes contra aborto e imagens da Virgem de Guadalupe.

O Congresso da capital, controlado pelo partido esquerdista Revolución Democrática (PRD), deve aprovar na terça-feira uma iniciativa que busca descriminalizar o aborto nos primeiros três meses de gestação.

"Estamos fazendo um genocídio e ninguém tem o direito de tirar a vida", disse María Morales, uma dona de casa que viajou desde o Estado de Hidalgo para ver o protesto contra o aborto.

Mesmo que a proposta tenha sido bem recebida por alguns setores da socidade, a idéia provocou a Igreja Católica, incluindo papa.

Em uma carta recente enviada aos bispos católicos do México, Bento 16 disse que a vitória de Cristo sobre a morte representa uma razão para defender o direito da humanidade à vida "desde o primeiro instante de sua concepção".

As mulheres que se submetem a abortos têm que recorrer a clínicas clandestinas ou a lugares com pouca higiente. Segundo os manifestantes, 2 mil mulheres morrem ao ano por causa disso.

Em novembro, foram aprovadas uniões civis entre homossexuais, apesar do acalorado protesto. Agora, além do aborto, está se considerando uma proposta para legalizar a eutanásia.

Atualmente, leis especiais da Cidade do México permitem o aborto mas apenas quando há perigo de vida da mãe. O resto do país só permite em casos de estupro.

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