Autoridades da Saúde deveriam coletar amostras de sangue dos trabalhadores da usina nuclear de Fukushima Daiichi no caso de eles serem acidentalmente expostos a altos níveis de radiação e precisarem de um transplante de células-tronco, disseram pesquisadores japoneses na quinta-feira.

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Eles afirmaram que coletar o sangue dos funcionários iria proporcionar a eles uma fonte imediata de suas próprias células-tronco, que poderiam ajudar a reconstruir a medula óssea caso venham a ser expostos a altos níveis de radiação.

"O perigo de uma futura exposição acidental à radiação não passou, já que houve uma série de tremores secundários graves ainda neste mês de abril", escreveram no jornal médico Lancet o doutor Shuichi Taniguchi, do hospital Toranomon, em Tóquio, e o doutor Tetsuya Tanimoto, da Fundação Japonesa para a Pesquisa do Câncer.

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Uma série de fortes réplicas nesta semana atingiu o leste do Japão, desacelerando os esforços de recuperação na usina nuclear devido à retirada temporária de funcionários e à falta de energia.

A Tokyo Electric Power Co disse nesta semana que a situação na usina nuclear, atingida por um tsunami de 15 metros em 11 de março, se estabilizou.

A crise agora está no mesmo nível do pior acidente nuclear do mundo, o desastre de Chernobyl em 1986, embora a liberação total de radiação em Chernobyl era muito maior.

Os pesquisadores dizem que as equipes de transplante estão prontas no Japão e na Europa para coletar e armazenar as células dos trabalhadores, mas que até agora a Comissão de Segurança Nuclear do Japão tem se mostrado contra.

A comissão alega que isso causaria uma "carga física e psicológica pesada aos trabalhadores nucleares", escreveram os médicos.

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Coletar as células desses funcionários tem muito mais vantagens em relação às células doadas, o que exige encontrar um doador compatível, além do risco de rejeição.