Centenas de jovens realizaram um protesto hoje em Amã, capital da Jordânia. Eles se sentaram no chão para pedir reformas, uma semana depois de um homem ter sido morto e 160 pessoas ficarem feridas em confrontos entre manifestantes e partidários do governo.
"Abaixo a opressão. O povo quer reformas constitucionais e julgamento para os corruptos. Nós queremos a unidade nacional", gritavam cerca de 600 membros do movimento 24 de Março, do lado de fora da prefeitura de Amã.
Cerca de 50 partidários do governo se reuniram numa área perto dos manifestantes, portando grandes fotografias do rei Abdullah II e expressando sua "lealdade e fidelidade" ao monarca, bem como seu "comprometimento com o reino". Cerca de 400 policiais foram enviados ao local e o Centro Nacional pelos Direitos Humanos da Jordânia enviou representantes e observadores.
O grupo 24 de Março agora inclui islamitas opositores, depois que partidos esquerdistas e nacionalistas se retiraram do movimento por causa de "diferenças ideológicas". "Depende do regime trabalhar nas reformas. Somos pacíficos. Mas um governo que mata cidadãos não tem confiabilidade para realizar reformas e não pode liderar o povo. Nós precisamos de um governo nacional", disse Zaki Bani Rsheid, chefe do escritório político da Frente de Ação Islâmica.
No último dia 25, um manifestante morreu e 160 ficaram feridos quando a polícia invadiu um campo de manifestantes. "Estamos hoje aqui para destacar as exigências populares por reformas e mostrar que o que aconteceu na última sexta-feira não vai nos assustar e não vai nos impedir de buscar reformas", disse Rsheid à agência France Presse.
Após o episódio violento, o governo decidiu proibir seus partidários de se manifestarem na capital, enquanto os opositores receberam permissão para fazer demonstrações em locais especialmente designados. O rei condenou a violência e prometeu combater as tentativas de "sabotagem" das reformas do país.
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