O gerente de portos e aeroportos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Paulo Coury, afirmou neste sábado (2) que a chance do vírus ebola chegar ao país é "quase nula." Afirmou, também, que a agência eventualmente pode "focalizar voos vindos da África."

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Segundo ele, o foco da doença ainda não deixou a África e, por isso, a agência ainda não modificou procedimentos em aeroportos do país. Uma epidemia de ebola já matou mais de 700 pessoas em quatro países africanos.

"O Ministério da Saúde é quem determina o controle na entrada [do país]. Todos os dias, 24 horas por dia, nos principais aeroportos internacionais do Brasil, temos equipes que são os intermediários entre os passageiros e a vigilância epidemiológica exercida pelos Estados e municípios. São equipes prontas para identificar [doenças], mas esse controle é normal."

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Coury afirmou que, se algum passageiro chegar ao país com sintomas da doença, será encaminhado à área médica do aeroporto.

"Quando tiver um caso semelhante [à ebola], uma equipe chamará a Anvisa para fazer uma análise mais detalhada."

O gerente completou: "estamos mobilizados para que uma pessoa com sintomas não passe por entre os dedos. É óbvio que com o ebola esses cuidados aumentaram. Eventualmente podemos fazer uma focalização em voos vindos da África."

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), caso uma pessoa infectada embarque em um voo, o risco para os demais passageiros é baixo, pois o vírus não se propaga pelo ar, mas apenas por contato direto com o sangue e os fluidos corporais de pessoas ou animais infectados.

Neste sábado, a companhia aérea Emirates suspendeu seus voos para a Guiné por tempo indeterminado.

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