O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, chegou neste sábado a Cuba por volta do meio-dia (horário local) para uma visita relâmpago, a primeira de um chanceler do país europeu à ilha em mais de 30 anos.
"A França quer reforçar seus vínculos com o conjunto da América do Sul e, em particular, com Cuba", afirmou Fabius, ao iniciar seu encontro oficial com o colega cubano, Bruno Rodríguez.
Rodríguez destacou, por sua vez, o "desenvolvimento favorável e a grande perspectiva" que têm as relações entre os dois países. Depois de seu encontro com Rodríguez, o chanceler francês se reuniu com o cardeal Jaime Ortega, arcebispo de Havana e recebeu várias personalidades da sociedade civil.
A visita de Fabius tem o objetivo de reativar as relações bilaterais e foi facilitada por um contexto político favorável, segundo fontes da diplomacia francesa. A aproximação entre França e Cuba acontece ante as próximas negociações entre a ilha e a União Europeia, visando um a acordo de diálogo político e de cooperação, depois de uma década de desencontros e sanções.
O chanceler francês e Bruno Rodríguez ressaltaram a importância do diálogo entre a União Europeia e Cuba para normalizar suas relações, uma negociação que terá sua primeira rodada no final deste mês na ilha. Fabius e Rodríguez ressaltaram o "grande significado" desse processo de negociação para o avanço di diálogo político entre as nações.
Segundo o site oficial da Chancelaria cubana, os dois ministros afirmaram que ambos países têm vontade "de avançar no aprofundamento dos vínculos econômico-comerciais". Eles também abordaram outros "temas de interesse no âmbito internacional".
A França teve mais de 172% de aumento nas relações comerciais com Cuba entre 2009 e 2013 e é o terceiro maior parceiro comercial europeu do país caribenho, atrás apenas de Espanha e Holanda. As relações entre União Europeia e Havana têm crescido consideravelmente desde as reformas econômicas feitas pelo governo de Raúl Castro nos últimos anos, que permitiram maior abertura ao comércio exterior. Algumas mudanças, como a libertação de alguns presos políticos enviados à Espanha, também abriram caminho a uma maior aproximação.
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