Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Argentina

Chaveiro diz que porta da casa de promotor morto estava aberta

O chaveiro que foi chamado para abrir o apartamento do promotor Alberto Nisman, que foi encontrado morto no seu banheiro, afirmou que a porta de serviço do apartamento estava aberta.

Quando perguntado pela rádio Mitre se as portas estavam fechadas, respondeu que "estava aberta". A repórter insistiu, querendo saber se a porta de serviço estava fechada por dentro. "Não, estava aberta", reiterou.

A equipe que investiga a morte do promotor argentino Alberto Nisman também descobriu uma terceira entrada para o apartamento. É um acesso entre a casa dele e a do vizinho, que são ligadas por um corredor estreito onde ficam os aparelhos de ar condicionado. A informação é da agência de notícias DyN.

O vizinho de Nisman é um estrangeiro cuja identidade não foi revelada - a única informação é que não é um iraniano. O promotor acusava iranianos de terem planejado e executado o atentado à Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), em 1994.

No estreito corredor entre os dois apartamentos foi identificada uma pegada recente e, no guarda-corpo, uma digital. Nisman foi encontrado morto no domingo (18). Quatro dias antes ele havia denunciado a presidente Cristina Kirchner de encobrir iranianos suspeitos de terem planejado e executado um atentado terrorista de 1994, que matou 85 judeus em Buenos Aires.

Denúncia

Membros do núcleo do governo argentino desconsideraram a denúncia que o promotor Alberto Nisman apresentou contra a presidente Cristina Kirchner. A íntegra da acusação foi publicada pela Justiça argentina. "Não há absolutamente nada, é algo totalmente insustentável", afirmou o secretário da Presidência, Aníbal Fernandez.

Na denúncia, Nisman apresenta o conteúdo de gravações de conversas telefônicas entre supostos agentes da secretaria de inteligência e um possível representante do governo iraniano na Argentina. A secretaria de inteligência declarou que as pessoas que aparecem nas gravações de conversas telefônicas não são e nunca foram agentes.

Fernandez afirma que o promotor morto recebeu essa informação errada. As pessoas que Nisman teria investigado seriam "golpistas que vendem um conto para ganhar alguma coisa", declarou. O secretário da Casa Rosada diz que quem passou o dado falso foi um diretor da secretaria de inteligência que foi demitido no fim do ano passado chamado Antonio Stiusso.

Fernandez diz que "o pior" é que em 2013, um dos homens que foi investigado por Nisman foi denunciado pela secretaria de inteligência "como um vendedor de influência ou falso agente pelo próprio Stiusso".

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.