O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, decidiu nesta segunda-feira adiar seu plano de atrasar oficialmente o horário do país em meia hora, depois que a idéia de adotar a medida em tempo recorde causou grande confusão. Ele tinha dito que a mudança permitiria que as crianças acordassem para ir para a escola já com a luz do dia, mas admitiu que muita gente poderia considerá-lo uma loucura.

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O anúncio da medida - feito com apenas oito dias de antecedência em relação à data inicialmente prevista para a entrada em vigor da mudança - deixou muitos venezuelanos assustados. O governo não fez uma campanha publicitária para explicar a medida e muitos venezuelanos ficaram sem saber o que deveriam fazer. Com a mudança, a Venezuela ficará quatro horas e meia atrás do horário de Greenwich.

O próprio Chávez parecia estar confuso. Quando fez o anúncio, disse que os venezuelanos teriam que adiantar os relógios, quando na verdade teriam que atrasá-los. No anúncio do adiamento, no domingo, Chávez disse que a Venezuela ainda tem que concluir as etapas burocráticas necessárias com as organizações internacionais.

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Agora, o governo de Caracas pretende implementar a medida a partir de janeiro, informou o Ministério de Ciências. Chávez rebateu as críticas por querer mudar o horário em apenas meia hora, questionando por que o mundo tinha de seguir um esquema de horários de hora em hora, que segundo ele era ditado pelo imperialismo norte-americano.

A mudança colocará a Venezuela em um fuso horário próprio. Vários outros países já adotaram horários "quebrados" em relação a nações vizinhas. O horário oficial do Nepal, por exemplo, está apenas 15 minutos à frente do fuso da Índia.

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