O presidente venezuelano, Hugo Chávez, defendeu com veemência na terça-feira o programa de energia nuclear do Irã e acusou os Estados Unidos de querer invadir a república islâmica para controlar suas vastas reservas de petróleo.

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Chávez, um militar aposentado que recebeu ofertas informais de Teerã para apoiar a Venezuela no desenvolvimento de energia atômica para usos pacíficos, afirmou que os Estados Unidos invadiram há três anos o Iraque por seu petróleo e "lançam ameaças contra o Irã, agora, pelo petróleo".

A Venezuela tem criticado o Conselho de Segurança da ONU, que na terça-feira adiou uma reunião programada para tratar dos planos nucleares do Irã. Na reunião, cuja data ainda não foi estabelecida, será apresentado um rascunho que pede ao Irã que suspenda todas as atividades de enriquecimento de urânio e cumpra os pedidos da Agência Internacional de Energia Atômica.

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Em um ato público, Chávez afirmou que as ameaças contra o Irã não são por causa do suposto desenvolvimento de bomba atômica.

- Isso é mentira, não há nenhuma evidência disso, estou completamente seguro que é absolutamente falso que o governo do Irã está desenvolvendo uma bomba atômica.

O governante esquerdista, cujo país é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e um dos principais fornecedores de petróleo bruto ao mercado americano, acusou os Estados Unidos e outros "muitos" países que não mencionou, de possuírem bombas atômicas.

- Por que eles não eliminam suas bombas atômicas? - perguntou ele enquanto defendia o direito das nações "atrasadas" de terceiro mundo de desenvolver fontes de energia nuclear.

A Venezuela, quinto maior exportador de petróleo, e o Irã, seu sócio na Opep, firmaram uma série de acordos para fabricar tratores e produzir cimento, entre outros, no marco da cada vez mais frequente cooperação entre os países nos sete anos da gestao de Chávez.

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