O governo do México disse nesta terça-feira que a crise diplomática com a Venezuela, que fez com que embaixadores de ambos os lados fossem chamados de volta a seus países, pode durar meses. O México ainda espera um pedido de desculpas de Caracas para encerrar a crise.
México e Venezuela reduziram suas relações ontem a área comercial, depois de vários dias de troca de declarações ríspidas entre seus governos, após as Cúpulas das Américas. O tema central da discórdia foi a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), defendida por México e EUA, e criticada por Venezuela, Brasil e Argentina.
- Esperamos que nas próximas semanas e meses as relações melhorem para que se possa restabelecê-las em seu nível máximo - disse o porta-voz do governo mexicano, Rubén Aguilar.
O embaixador do México em Caracas, Enrique Loaeza, regressou nesta terça-feira ao seu país. Ele disse ter recebido "bom tratamento" ao sair da Venezuela:
- Trataram-me muito bem, de forma esplêndida, e muitas pessoa me saudaram no aeroporto (de Caracas).
A crise diplomática começou depois que Chávez chamou Fox de "filhote do império" e "entreguista aos EUA", na polêmica entre ambos pela criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A Alca é uma iniciativa impulsionada pelos EUA e apoiada pelo México e outros 27 países, embora seja rejeitada por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Fox havia criticado duramente a oposição à Alca manifestada na cúpula.
Em seu programa dominical de rádio e televisão, Chávez voltou ao ataque, sugerindo que Fox "não se meta" com ele, para não sair "com espinhos". O líder de Caracas disse, ainda, que o presidente americano, George W. Bush, saiu com o "rabo entre as pernas" da cúpula.
Em ultimato, o governo do México, exigindo desculpas formais de Caracas, depois dos "insultos" do presidente Hugo Chávez ao colega mexicano. Caso contrário, retiraria seu embaixador de Caracas. A Venezuela se antecipou e chamou seu representante na Cidade do México, Vladimir Villegas. Horas depois, Fox optou pela mesma medida.
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