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Partidários de Chávez conquistaram a maioria das prefeituras e governos das eleições, mas não centros-chave | Jorge Silva / Reuters
Partidários de Chávez conquistaram a maioria das prefeituras e governos das eleições, mas não centros-chave| Foto: Jorge Silva / Reuters

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está realizando investigações judiciais contra adversários depois do avanço da oposição nas eleições regionais do fim de semana.

Uma emissora oposicionista de TV está sob investigação, um político importante foi interrogado, e as novas autoridades estão tendo seus poderes limitados.

Os partidários de Chávez conquistaram a maioria das prefeituras e governos estaduais em disputa no domingo, mas a oposição venceu em importantes centros urbanos.

Chávez alertou aos novos governadores que está de olho nas suas ações, e recomendou que não usem o poder dos Estados contra a sua "revolução".

"Vou avaliá-los bem de perto", afirmou, chamando um dos novos governadores de fascista por ter participado de um frustrado golpe de Estado em 2002. Chávez disse, porém, que não vai perturbar seus adversários se estes respeitarem a lei.

O presidente socialista tenta limitar a eficácia da oposição num momento em que prepara um novo referendo que lhe permita buscar um novo mandato ao final do atual, em 2013.

Chávez, que já fechou uma emissora de TV ligada à oposição, criticou a cobertura eleitoral de outra rede. Na quinta-feira, uma entidade pública abriu uma investigação que pode levar ao fechamento do canal Globovisión.

No Congresso, dominado pelo governo, uma CPI que apura um caso de corrupção interrogou na sexta-feira o dirigente oposicionista Manuel Rosales a respeito de gravações telefônicas divulgadas pela televisão. Enquanto isso, o controle da polícia de Caracas, que sempre foi municipal, passou à esfera federal.

A agência reguladora de comunicações disse estar investigando se a Globovisión estimulou a desordem pública ao transmitir um apelo de um político de oposição para que os seus simpatizantes ficassem nas ruas durante a apuração dos votos, como forma de pressão.

"Essa é mais uma demonstração de que o governo quer restringir o direito à informação", disse o líder oposicionista Julio Borges.

A oposição espera usar os governos locais que conquistou como vitrine para as eleições presidenciais de 2012. Para isso, terá de resolver problemas cotidianos, como a criminalidade e a coleta de lixo.

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