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Previsão

Chávez pode enfraquecer indústria petrolífera venezuelana

O jornal "The New York Times" publicou hoje um artigo sobre o possível enfraquecimento da indústria petrolífera venezuelana, que poderia acontecer caso o Governo de Hugo Chávez assuma o controle das instalações de empresas petrolíferas estrangeiras.

No artigo, publicado na capa do jornal e assinado por Simón Romero e Clifford Krauss, é dito que Chávez estabeleceu o dia primeiro de maio como prazo para apresentar seu "ambicioso" plano de nacionalização de empresas petrolíferas européias e americanas.

Segundo a matéria, esta operação pode prejudicar tanto as empresas petrolíferas como o Governo venezuelano, que está correndo riscos ao "solapar o maquinário que sustenta a revolução de inspiração socialista de Chávez".

Segundo os articulistas, a Petróleos de Venezuela (PDVSA) já está apresentando "evidências de estresse", que atribuem a cada vez maior "politização" em sua gestão, e ao desvio do dinheiro destinado à manutenção e ao desenvolvimento do negócio.

Também é publicado no jornal que muitas das grandes empresas petrolíferas do mundo são públicas ou têm ligação com o Estado, e que as mesmas são menos eficientes que as companhias particulares.

Segundo um estudo da Rice University, do 1,148 trilhão de barris de reservas que existem no mundo, 77% estão nas mãos das empresas públicas.

Além disso, das 20 maiores empresas petrolíferas do mundo, 14 são controladas pelo Estado.

Com o plano que Chávez deseja anunciar antes do dia primeiro de maio, ele coloca em risco a presença de grandes companhias como a Exxon e a ConocoPhillips, que não desejam ceder à gestão venezuelana seus funcionários e seus ativos que valem bilhões de dólares.

"A saída de especialistas e de investimentos (estrangeiros) pode enfraquecer a indústria petrolífera, que já está desestabilizada por causa da decisão de Chávez de transformá-la em seu instrumento mais poderoso para redesenhar a sociedade venezuelana", publica o jornal.

Além disso, o "New York Times" afirma que outros países com grandes reservas de petróleo, como Angola, Noruega e Rússia, estão acompanhando de perto o que acontece na Venezuela.

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