A diretora de um escritório alfandegário dos EUA foi indiciada nesta sexta-feira (5) por contratar imigrantes ilegais como empregadas domésticas, inclusive dando dicas a uma delas, brasileira, sobre como escapar das autoridades.

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Lorraine Henderson, diretora de portos para o sul da Nova Inglaterra (nordeste dos EUA), foi acusada pelo Departamento de Segurança Doméstica de ter empregado durante quase dois anos uma faxineira brasileira em sua casa em Salem, Massachusetts.

Ela também teria empregado durante curtos períodos outras duas imigrantes de origens não-reveladas.

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Henderson, funcionária do setor de Alfândegas e Proteção de Fronteiras, ligado ao Departamento de Segurança Doméstica, continuou pagando a brasileira mesmo depois de ser aconselhada por uma colega a não fazer isso, segundo documentos judiciais.

Quando a brasileira, não-identificada, lhe pediu conselhos sobre seu status migratório, Henderson lhe teria dito: "Você precisa ter cuidado, porque vão lhe deportar (...), se você sair (dos EUA), nunca mais vai voltar".

O procurador Michael Sullivan, de Boston, qualificou as ações da funcionária como "inescrupulosas" e chamou a atenção para o fato de que ela teria "comprometido sua autoridade (...) violando as próprias leis de imigração que estava encarregada de manter".

A colega de Henderson, também não-identificada, contratou a brasileira por recomendação da amiga, mas demitiu a empregada ao saber do seu status ilegal.

Agentes da Segurança Interna posteriormente fizeram contato com a brasileira, que aceitou gravar várias conversas com Henderson, que não respondeu a recados na sua caixa postal para comentar o caso.

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Se condenada, ela pode pegar dez anos de prisão, além de multa de 250 mil dólares.