O novo presidente interino do Egito, Adly Mansour, emitiu nesta sexta-feira (5) sua primeira declaração constitucional em que ordenou a dissolução da Câmara Alta do Parlamento, dominada pelos islamitas, anunciou a televisão estatal do país.

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Além disso, Mansour designou Mohammed Ahmed Farid novo chefe dos serviços secretos, substituindo Mohammed Rafaat Shahata, que foi nomeado assessor para assuntos de segurança da Presidência.

Em 8 de agosto de 2012, Shahata foi designado chefe dos serviços de Inteligência pelo agora deposto presidente Mohammed Mursi, que nesse mês remodelou a cúpula militar e pôs em seu comando o general Abdel Fatah al Sisi.

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Mansur também designou hoje como novos assessores o acadêmico Mustafa Higazi e o constitucionalista Ali Euad, que o ajudarão em questões políticas e relativas à Carta Magna, respectivamente.

Mansur juramentou ontem seu cargo como presidente interino do país, de acordo com o plano traçado pelas Forças Armadas, que estão lideradas por Al Sisi e que depuseram na quarta-feira passada Mohammed Mursi para estabelecer uma nova fase de transição.

Segundo esse roteiro, o novo presidente pode fazer declarações constitucionais e designar um chefe de governo com prerrogativas, e deverá convocar e supervisionar eleições presidenciais durante o período interino.

O plano desenvolvido pelo exército e apoiado por líderes religiosos e políticos também estabelece a suspensão temporária da Constituição, que deverá ser reformada por um comitê de especialistas, e a formação de um governo de união nacional.

A câmara alta do Parlamento, ou Shura, foi constituída no ano passado após a vitória da Irmandade Muçulmana nas eleições legislativas e vinha exercendo ultimamente todo o poder legislativo já que a câmara baixa estava dissolvida por irregularidades em sua formação.

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No dia 2 de junho, o Tribunal Constitucional egípcio declarou também inválidas a lei eleitoral pela qual foi eleita a Shura e a composição da Assembleia Constituinte anterior.