O chefe da missão de observadores da ONU desdobrados na Síria, o general sueco Robert Mood, disse nesta sexta-feira que sua presença no país não garante a redução da violência e que só o diálogo pode solucionar a crise síria.
Em entrevista coletiva em Damasco, Mood destacou que os observadores não podem conseguir sozinhos uma redução considerável da violência, a menos que se desenvolva um diálogo entre todas as partes sírias em conflito dentro e fora do país.
"Estou convencido mais do que nunca que a continuação da violência não pode solucionar esta crise", acrescentou o general sueco, segundo divulgou a agência oficial de notícias "Sana".
Além disso, Mood apontou em declarações ao canal catariano "Al Jazeera" que os atos de violência continuam e representam um "desafio" para os observadores, que "não podem resolver todos os problemas" nem "apresentar nenhuma solução se não cessam os enfrentamentos".
"Só o diálogo pode solucionar o problema", salientou.
O chefe da missão destacou que atualmente estão desdobrados na Síria 260 observadores procedentes de 60 países e mostrou sua esperança que esse número aumente no final deste mês para 300, como foi estabelecido no Conselho de Segurança da ONU.
Apesar das dificuldades que estão encontrando no terreno, inclusive com vários ataques aos seus veículos, Mood expressou sua satisfação pelo "rápido" desdobramento dos observadores e pelo bom recebimento que estão tendo por parte das autoridades sírias e grupos opositores.
Os observadores internacionais se encontram na Síria para supervisionar o cumprimento do plano de paz do enviado especial conjunto da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan.
Esta iniciativa estipula o fim da violência, a retirada dos tanques das cidades, a libertação dos detidos de forma arbitrária e o início de um diálogo entre o governo e a oposição, entre outros pontos.
Por outro lado, o porta-voz de Annan, Ahmed Fawzi, anunciou hoje em Genebra que o mediador viajará em breve à Síria, embora ainda não haja uma data fixa.
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