O Chile advertiu à Bolívia na segunda-feira que suas Forças Armadas estão preparadas para defender a soberania do país, depois que o governo boliviano manifestou sua intenção de buscar uma entidade internacional para iniciar uma negociação para conseguir uma saída para o mar.

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O ministro da Defesa chileno, Andrés Allamand, disse que seu país está de olho nas pretensões do presidente boliviano, Evo Morales, que citou recentemente diversas resoluções da Organização dos Estados Americanos (OEA) que afirmam, desde 1979, que a exigência marítima da Bolívia é de interesse continental.

"Quero mostrar que os cidadãos e os chilenos, em particular, devem encarar estas iniciativas bolivianas com total tranquilidade", assegurou o ministro de Defesa chileno.

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Falando na capital chilena, Santiago, o ministro afirmou que essa discussão já foi resolvida por um tratado em 1904, que delimitou as fronteiras atuais entre os dois países, após uma guerra em 1879, na qual a Bolívia perdeu parte de seu território, incluindo seu acesso soberano ao mar.

"(O Chile) é um país que tem do seu lado todo o amparo do direito internacional e, por último, tem Forças Armadas prestigiadas, profissionais e preparadas, que estão em condições de defender os tratados internacionais e proteger adequadamente a soberania e a integridade territorial", afirmou Allamand.

Alguns dias atrás, Morales pediu para que o Chile apresente uma proposta concreta baseada nas resoluções da OEA para iniciar formalmente um processo de negociação, já que, pelo contrário, advertiu, apresentará "oportunamente" uma demanda no Tribunal de Haia.

Os dois países não têm relações diplomáticas desde 1978, quando uma negociação sobre a reivindicação boliviana pelo acesso marítimo fracassou.

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