Entre 300 e 400 pessoas protestaram pacificamente na capital chilena contra a visita que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará nesta segunda-feira ao país, e contra o acordo de cooperação em energia nuclear assinado entre os dois governos.
Obama chegará ao Chile após ter partido nesta manhã do Rio de Janeiro, para uma visita de um dia na qual realizará um discurso para a América Latina.
Os membros do Partido Comunista do Chile (PC), sindicatos e organizações de direitos humanos chegaram à praça de Armas de Santiago, no domingo, segurando cartazes de protesto. Um deles tinha o formato de uma nota de 1 dólar que substituía o rosto de George Washington pelo de Obama. A polícia não registrou detenções.
Durante o protesto, o presidente do PC e deputado Guillermo Teillier criticou o acordo de cooperação em energia nuclear assinado na sexta-feira entre Chile e Estados Unidos, em meio à tensão provocada pela crise nuclear no Japão.
O governo chileno declarou que o desenvolvimento nuclear levaria ao menos 15 anos e assegurou que durante o mandato de Sebastián Piñera não seria tomada uma decisão sobre a questão. Além disso, esclareceu que o acordo com os Estados Unidos tem como objetivo o avanço da investigação.
Teillier disse que, junto com as organizações sociais, entregaria uma carta a Obama pedindo que se desculpe pelo que segundo eles, foi uma intervenção dos Estados Unidos a favor do golpe de Estado de 1973 liderado pelo general Augusto Pinochet contra Salvador Allende.
"Não escutamos nunca que os Estados Unidos pediram perdão... Do que podemos falar se ainda não há consciência, não se arrependem do que fizeram com nosso povo", disse à imprensa.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião