A China fechou o cerco contra a Internet na capital da província de Xinjiang, no noroeste do país, nesta segunda-feira (6), na esperança de cortar o fluxo de informações sobre os distúrbios étnicos na região que deixaram 156 mortos.
O governo culpou separatistas muçulmanos exilados pelos confrontos de domingo na cidade de Urumqi - o pior no país desde a repressão militar contra manifestantes em Tiananmen, em 1989.
Alguns habitantes de Urumqi, capital regional de Xinjiang, disseram que foram avisados de que não haveria acesso à Internet durante as próximas 48 horas.
"Desde ontem à noite não tenho conseguido entrar na Internet", afirmou o dono de loja Han Zhenyu à Reuters por telefone.
"Não tem Internet aqui. Amigos me disseram que não conseguem entrar na Internet também", disse um vendedor de telefones celulares que só quis dar seu sobrenome, Zhang.
Os sites da cidade de Urumqi e dos governos locais de Xinjiang também não estavam funcionando.
Mas o governo parece ter levado a medida ainda mais longe, sendo que usuários em Pequim, capital do país, e no centro financeiro Xangai têm reclamado que a rede social Twitter também foi bloqueada.
Fanfou.com, uma concorrente local do Twitter, continuava acessível, mas pesquisas no site por palavras-chave como "Urumqi", "Xinjiang" e "Uighur" não geravam resultados.
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