O Ministério das Relações Exteriores da China disse na quinta-feira (20) que o governo de uma região rebelde de maioria tibetana adotaria medidas duras para garantir a estabilidade, depois de uma série de autoimolações em protestos contra o controle chinês.
Ao menos nove pessoas atearam fogo ao próprio corpo em regiões tibetanas da China nos últimos meses, a maioria em Aba, na província de Sichuan, no sudoeste do país, para protestar contra o regime chinês e contra o que dizem ser restrições a sua fé e cultura.
Nesta semana o primeiro-ministro no exílio do Tibete culpou a postura linha-dura da China pelos atos desesperados de tibetanos.
Mas a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Jian Yu, repetiu que o governo continuaria com a política de liberdade de religião.
"O governo local também vai adotar medidas vigorosas para garantir a segurança das pessoas e de suas propriedades e a ordem social normal", disse em uma coletiva de imprensa.
Não há algo como "um problema do Tibete" como expressado pelo líder espiritual exilado Dalai Lama, acrescentou Jiang.
"A China se opõe firmemente ao separatismo étnico, vai proteger de forma resoluta a soberania nacional e a integridade territorial e se opor firmemente a qualquer país que use a desculpa do autodenominado problema do Tibete para interferir nas questões internas da China".
O Dalai Lama, prêmio Nobel da Paz, nega defender a violência e insiste que quer apenas uma autonomia verdadeira para sua pátria, de onde fugiu em 1959 depois de um levante frustrado contra o regime chinês. Ele está no norte da Índia.
A China governa o que hoje chama de Região Autônoma do Tibete com pulso firme desde que tropas comunistas marcharam para lá em 1950.
Mas rejeita as críticas dos grupos de direitos humanos e de tibetanos exilados, dizendo que seu regime levou desenvolvimento à região empobrecida e atrasada.
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