Cento e cinquenta jatos de combate vão sobrevoar a Praça da Paz Celestial, no centro de Pequim, durante o desfile que celebrará na manhã de quinta-feira (1/10) os 60 anos da revolução que levou o Partido Comunista ao comando da mais populosa nação do mundo.
A parada apresentará pela primeira vez ao público muitas das novas armas desenvolvidas pela China no processo de modernização militar empreendido nas duas últimas décadas.
Ensaiado à exaustão desde maio, o desfile terá a participação de 5 mil soldados e centenas de veículos, entre tanques e transportadores de mísseis.
A capital chinesa começou a parar na tarde de desta quarta-feira (30) em preparação para o desfile. Lojas nas imediações do trajeto foram fechadas, e os moradores de Pequim receberam o conselho das autoridades para assistir ao espetáculo pela televisão, "no conforto de suas casas".
Paradas militares patrióticas costumam ser realizados para plateias entusiasmadas, mas a obsessão do governo chinês com a segurança transformou o aniversário dos 60 anos em uma festa sem povo. O evento será visto ao vivo por 30 mil convidados, entre autoridades chinesas e estrangeiras, jornalistas e representantes de moradores de Pequim.
Depois do desfile militar, haverá um espetáculo civil, com a participação de 100 mil pessoas, além de 80 mil estudantes que serão encarregados de formar "painéis vivos" na praça. À noite haverá explosão de fogos de artifício e um show dirigido pelo cineasta Zhang Yimou, responsável pela abertura da Olimpíada de Pequim em 2008.
O esquema de segurança levou ao fechamento do aeroporto da capital por três horas na manhã de quinta-feira, pelo horário local, à interrupção do trânsito na principal avenida da cidade e imediações e à suspensão dos serviços da principal linha de metrô da capital. Também deixou no escuro os correspondentes estrangeiros, que só receberam credenciais menos de doze horas antes do início da celebração.
Localizada em frente à Cidade Proibida, a Praça da Paz Celestial é o lugar de onde os chineses assistiram há 60 anos o discurso no qual Mao Tsé-tung anunciou a fundação da República Popular da China.
Na avaliação do especialista em segurança chinesa Li Mingjiang, a mensagem que Pequim pretende transmitir na quinta-feira é mais política do que militar e tem o público interno como alvo.
"Os líderes chineses querem mostrar à população o quanto avançaram na construção de um país forte do ponto de vista econômico e militar", disse Li.
A China chega aos 60 anos como a terceira maior economia do mundo, a segunda potência comercial e a promessa de ser o próximo país a enviar o homem à Lua.
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