A China exigiu explicações dos Estados Unidos depois de o jornal Sydney Morning Herald ter denunciado a possível colaboração da Austrália com os EUA para reunir informações de inteligência de países asiáticos.

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Citando documentos de Edward Snowden e de uma ex-autoridade de inteligência australiana, o jornal denunciou que as instalações dentro de embaixadas australianas na Ásia estariam sendo usadas para interceptar ligações telefônicas e de dados, em cooperação com os EUA.

O Ministério das Relações Exteriores da China incentivou outros governos estrangeiros a não utilizarem suas instalações diplomáticas a fim de não prejudicar a segurança nacional do país. "A China está extremamente preocupada com este relatório, já fez representações contra os EUA e exigiu que os país norte-americano esclareça os fatos", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying.

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O porta-voz exigiu ainda que as embaixadas estrangeiras na China respeitem a Convenção de Viena e outros tratados e "não se envolvam em quaisquer atividades que não estejam de acordo com o seu estatuto ou que prejudiquem a segurança e os interesses da China".

Segundo o jornal, as embaixadas da Austrália envolvidas na espionagem estariam em Jacarta, Bangkok, Hanoi, Pequim e Dili, no Timor Leste, e também em Kuala Lumpur e Port Moresby, na Papua Nova-Guiné. As embaixadas dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Canadá abrigariam secretamente equipamentos de vigilância para coletar comunicações eletrônicas. Esses países teriam um acordo de compartilhamento de informações de segurança conhecido como "Five Eyes" (cinco olhos, em tradução livre).

Na Indonésia, o embaixador australiano Greg Moriarty disse, em nota, que tomou conhecimento da situação e vai apresentar um relatório em Camberra, capital da Austrália. O Departamento de Relações Exteriores e Comércio se recusou a comentar as alegações, enquanto o primeiro-ministro australiano, Tony Abbot, disse que o governo não infringiu nenhuma lei. Fonte: Dow Jones Newswires.