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Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o premiê da China, Li Keqiang, em reunião no Complexo Zhongnanhai, em Pequim | REUTERS/Paul J. Richards
Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o premiê da China, Li Keqiang, em reunião no Complexo Zhongnanhai, em Pequim| Foto: REUTERS/Paul J. Richards

Os Estados Unidos ganharam da China a promessa de que o país irá pressionar pela desnuclearização da península Coreana, depois de meses de retórica inflamada da Coreia do Norte.

"Os EUA e a China querem ressaltar seu comprometimento conjunto com a desnuclearização da península Coreana, de forma pacífica", disse o secretário de Estado americano, John Kerry, ao lado do principal diplomata chinês, Yang Jiechi, em Pequim. "Nós concordamos que isso é crítico para a estabilidade da região e do mundo e para nossos esforços para evitar a proliferação nuclear".

A China é o maior aliado da Coreia do Norte e o único país capaz de exercer alguma influência sobre o regime, que nas últimas semanas ameaçou iniciar guerra nuclear contra os EUA e a Coreia do Sul e estaria preparando o lançamento de um míssil.

Mas não se sabe se Pequim vai cumprir sua promessa. O governo chinês teme que eventual instabilidade norte-coreana resulte num êxodo em massa de refugiados para a China. E o país também encara com desconfiança os esforços dos EUA para conter a Coreia do Norte, que são vistos como parte de uma estratégia para reduzir a influência da China na região.

A Coreia do Norte tem afirmado repetidas vezes que não vai abandonar seu programa nuclear, que considera ser uma "preciosa" garantia para sua segurança.

Yang afirmou que a determinação da China de manter a paz e a estabilidade na península é "clara e consistente". "A questão deve ser resolvida pacificamente, através de diálogo e consultas. Abordar adequadamente a questão nuclear coreana é responsabilidade de todos".

"A China trabalhará para desempenhar um papel construtivo na promoção das negociações entre seis países [EUA, China, Coreias do Norte e do Sul, Japão e Rússia] e na implantação equilibrada dos objetivos estabelecidos na declaração de setembro de 2005", acrescentou Yang. EUA e aliados acreditam que a Coreia do Norte violou o acordo de 2005, que previa ajuda ao país em troca do desarmamento, ao conduzir um teste nuclear em 2006 e persistir em um programa de enriquecimento de urânio.

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