Cinemas fecharam e mineradores de carvão interromperam o trabalho nesse domingo (15) na China, que cumpriu dia de luto nacional pelas vítimas do deslizamento ocorrido no dia 8 de agosto, enquanto as autoridades chinesas correm para tentar proteger os sobreviventes de novas enchentes.
O número de mortos pelo desmoronamento que arrasou a população de Zhouqu, na província noroeste chinesa de Gansu, subiu para 1.248, com 492 pessoas ainda desaparecidas, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.
Em uma cerimônia televisionada, cerca de 5.000 trabalhadores das equipes de resgate e residentes de Zhouqu inclinaram as cabeças em silêncio, às 10h (horário local), enquanto uma sirene soava. A TV estatal mostrou mineradores de carvão no norte da China e trabalhadores das ferrovias com suas cabeças inclinadas em luto.
Os cinemas e as salas de karaokê foram ordenados a fechar suas portas e os shows foram cancelados. A bandeira gigante chinesa que fica na praça Tiananmen, no coração de Pequim, e as bandeiras localizadas em escritórios do governo foram hasteadas a meio mastro. As páginas na Internet foram todas modificadas para formatos em preto.
Diante de mais previsões de chuvas, os soldados chineses correm contra o relógio para remover os destroços do rio Bailong, que passa através de Zhouqu e está acima do seu nível normal devido às chuvas, a fim de evitar mais transbordamentos. Um terço da cidade está submerso em razão do desastre. O Ministério dos Assuntos Civis da China afirmou que pelo menos 45 mil pessoas foram retiradas de suas casas em razão das chuvas.
Ontem, 38 pessoas estavam desaparecidas após um deslizamento de terra na província de Sichuan, no sudoeste do país, afirmou a Xinhua, citando informações do governo.
A China registra regularmente inundações devastadoras de verão, mas este ano elas têm sido extraordinariamente severas. As tempestades mataram pelo menos 1.500 pessoas em todo o país antes do deslizamento de terra ocorrido em Zhouqu e deixaram um prejuízo de dezenas de bilhões de dólares.
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