A polícia do Chipre lançou uma busca na ilha do Mediterrâneo para capturar um suspeito em um escândalo de suposta espionagem russa nos Estados Unidos. O homem que pagaria para os outros suspeitos viverem nos Estados Unidos desobedeceu as normas da liberdade condicional, segundo um porta-voz da polícia local.
O embaixador dos EUA no Chipre, Frank Urbancic, deve se reunir hoje com o presidente do país, Demetris Christofias, na Nicósia. O suspeito Christopher Metsos, de 54 anos, acabou obtendo a liberdade condicional, em uma atitude controversa das autoridades.
A polícia informou que todos os pontos de saída da ilha do Mediterrâneo estavam sendo monitorados, bem como a divisa entre a parte turca, no norte, e a greco-cipriota, no sul da ilha. Agora há um mandado de prisão contra Metsos, que poderia se aproveitar do fato de que a porção separatista turco-cipriota da ilha não tem tratados de extradição. Essa área já serviu várias vezes de refúgio seguro para fugitivos.
Metsos foi preso no aeroporto de Larnaca, na terça-feira, quando funcionários da imigração descobriram o nome dele em uma lista de suspeitos. Para descontentamento dos funcionários dos EUA, ele não foi preso, conseguindo a liberdade condicional após pagar uma fiança de 26.500 euros. Washington queria sua extradição.
O suspeito teve de entregar seu passaporte e documentos de viagem, enquanto aguardaria a audiência de extradição marcada para o próximo dia 29. Além disso, deveria ir a uma delegacia em Larnaca todos os dias. Ele faltou ontem.
Operação
Na segunda-feira, autoridades dos EUA anunciaram a prisão de dez suspeitos que seriam espiões a mando de Moscou. O FBI afirma ter monitorado essa missão por mais de uma década. Metsos foi apontado como o 11.º suspeito. Ele teria recebido, em 2004, em Nova York, uma sacola cheia de dinheiro de um funcionário ligado à missão russa nas Nações Unidas. A polícia informou a corte em Larnaca que Metsos era procurado nos EUA por espionar em favor da Rússia e por lavar US$ 40 mil. As informações são da Dow Jones.
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