Barack Obama teve ao seu lado uma brigada lutando na Web, inclusive fazendo a fama de gente como a Obama Girl. Agora, milhares de jovens ativistas pedem que a Internet seja parte importante do novo governo dos EUA.
Ao menos neste começo de transição, o presidente-eleito parece estar de acordo. Analistas dizem que as ações de Obama podem sinalizar uma nova era no relacionamento dos cidadãos com os políticos.
Obama é o primeiro presidente eleito a ter uma página no MySpace. Desde a semana passada, seus assessores mantêm o site Change.gov, com notícias sobre a transição e até um espaço para quem quiser trabalhar no novo governo, que toma posse em 20 de janeiro.
Mas Obama também terá de lidar com as expectativas de seus seguidores, que durante a campanha se acostumaram a atualizações regulares em vídeo e texto, e que transformaram sites como YouTube, MySpace e Facebook em "comitês virtuais" do obamismo.
"Isso não pára aqui, eles vão esperar um governo em geral que opere sob regras diferentes", disse Michael Wood, vice-presidente da TRU, empresa de pesquisas que monitora o uso da Internet pelos jovens.
"Eles vão querer uma janela para o mundo que estiver acontecendo aqui, e isso é muito diferente de tudo o que já vimos", disse Wood.
O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, também tinha ferramentas na Web, mas especialistas dizem que as de Obama eram melhores.
Sua página no Facebook, por exemplo, é a mais popular do site - já tem 2,5 milhões de apoiadores virtuais. Ali, o presidente-eleito revelou seus filmes favoritos e deu notícias sobre a campanha.
No YouTube também há 1.800 vídeos postados por seguidores de Obama. McCain só teve 350.
OBAMA GIRL 2.0?
Alguns desses vídeos do YouTube lançaram ao estrelato a modelo Amber Lee Ettinger, 26 anos, mais conhecida como Obama Girl, por causa das suas paródias sobre o então candidato, que já foram vistos mais de 70 milhões de vezes.
Ela agora espera um convite para a posse, e promete para breve novos vídeos da personagem Obama Girl com o seu grupo Barely Political.
"Definitivamente acho que temos mais quatro anos de bom material para usar, qualquer coisa que acontecer com ele eu sei que podemos apresentar nossa própria versão cômica", disse ela.
O Barely Political virou febre durante a campanha por fazer vídeos rápidos e baratos que eram divulgados no MySpace e vistos no YouTube. Aliás, Obama também usou sua página do MySpace para ganhar eleitores.
"Esperamos e torcemos para que ele continue a usar sua página na Casa Branca e que crie um diálogo contínuo com estes milhões de norte-americanos que estão envolvidos no MySpace", disse LeeBrenner, diretor político do site.
Assessores do presidente eleito não quiseram comentar sobre sua estratégia virtual.
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