Milhares de pessoas participaram neste sábado (6) de manifestações anti-imigrantes em Dresden (Alemanha) e em outras cidades da Europa como parte de uma jornada europeia organizada pelo movimento islamofóbico alemão Pegida.
As duas principais manifestações ocorreram em Dresden, casa do Pegida, onde se reuniram entre 6.000 e 8.000 pessoas, e em Praga (República Tcheca), onde houve cerca de 5.000 participantes.
Durante o dia, houve vários confrontos entre as forças de segurança e manifestantes.
Cerca de 20 pessoas foram presas em Calais, no norte da França, durante uma concentração contra os refugiados que haviam sido proibidas pelas autoridades locais.
Em Amsterdã (Holanda), forças de segurança prenderam mais de dez manifestantes a favor e contrários ao Pegida após confrontos com a polícia no centro da cidade.
Também houve tumultos em Dublin (Irlanda).
Outras concentrações, em um clima mais calmo, ocorreram em Varsóvia (Polônia), Bratislava (Eslováquia), Graz (Áustria) e Birgmingham, a segunda maior cidade em população no Reino Unido.
Estas cidades também viram manifestações contra o Pegida.
O movimento de extrema direita Pegida (sigla em alemão para Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente), criado em 2014, fez no dia 23 de janeiro uma chamada para que seus apoiadores fizessem manifestações em 14 países europeus neste sábado sob o lema “Europa Fortaleza”.
Em Dresden, apoiadores do movimento se reuniram a partir das 14h (horário local, 11h em Brasília) às margens do rio Elba para protestar contra a “imigração em massa e islamização”.
Eles foram acompanhados por uma grande operação da polícia em que mais de mil agentes e vários veículos com canhões de água foram mobilizados.
As autoridades locais rejeitam tradicionalmente estimar o número de participantes em tais manifestações. Mas um programa desenvolvido pela universidade local para contar multidões disse que havia entre 6.000 e 8.000 manifestantes no final da tarde, um valor muito inferior aos 15 mil estimados pela polícia.
Os manifestantes agitavam bandeiras e banners hostis à chanceler alemã, Angela Merkel, alvo de críticas por sua política de acolhida a imigrantes.
Simultaneamente, várias centenas de pessoas desfilaram na cidade contra o Pegida, apelando para a tolerância em uma cidade que se tornou símbolo da xenofobia na Alemanha.
De acordo com o programa universitário mencionado, a principal concentração anti-Pegida reuniu 3.500 pessoas no centro de Dresden.
Os manifestantes empunhavam cartazes onde se lia “não há lugar para nazistas” e “não necessitamos de xenofobia, de demagogia e do Pegida”.
No ano passado, a Alemanha recebeu 1,1 milhão de requerentes de asilo.
PT se une a socialistas americanos para criticar eleições nos EUA: “É um teatro”
Os efeitos de uma possível vitória de Trump sobre o Judiciário brasileiro
Ódio do bem: como o novo livro de Felipe Neto combate, mas prega o ódio. Acompanhe o Sem Rodeios
Brasil na contramão: juros sobem aqui e caem no resto da América Latina