Cientistas britânicos examinam na sexta-feira o cadáver do ex-espião russo Alexander Litvinenko para tentar descobrir como e quando ele ingeriu uma dose letal de material radiativo.
A morte de Litvinenko, ocorrida no mês passado, provocou tensões entre Londres e Moscou. A investigação policial relativa ao caso revelou a presença de material radiativo em 12 lugares, inclusive aviões.
Litvinenko, que havia se tornado cidadão britânico e fazia duras críticas ao Kremlin desde que deixou o serviço secreto russo, deixou mensagens acusando o presidente Vladimir Putin pela sua morte. O Kremlin negou qualquer envolvimento e prometeu ajudar na investigação britânica.
Três patologistas acompanharão a autopsia no hospital Real de Londres. Os cientistas usaram roupas especiais, e os níveis de radiação serão atentamente acompanhados durante o exame.
Especialistas dizem que Litvinenko ingeriu uma quantidade significativa de polônio-210, um isótopo altamente radiativo que o matou cerca de três semanas depois.
O diretor da Rosatom (agência nuclear russa), Sergei Kiriyenko, disse a um jornal local que o país produz apenas 8 gramas de polônio-210 por mês e que o material não pode ser obtido ilegalmente.
Investigadores encontraram traços de radiação em dois aviões da British Airways que faziam a linha Londres-Moscou. Um terceiro aparelho da British fará esse trajeto na sexta-feira para que a polícia britânica o examine.
A notícia sobre os aviões e o fato de terem feito a rota para Moscou podem alimentar as suspeitas de que o governo russo tenha envolvimento no envenenamento.
A polícia britânica liberou um avião russo após realizar testes na quinta-feira, mas ainda quer examinar um segundo avião russo como parte da investigação.
A Agência de Proteção Sanitária disse que os passageiros que estiveram nessas aeronaves não correm risco.
Médicos russos disseram não ter identificado causas naturais para os problemas que acometem o ex-primeiro-ministro russo Yegor Gaidar, que se sentiu mal durante uma viagem à Irlanda, no mesmo dia em que Litvinenko morreu.
Um assessor de Gaidar disse que, segundo os médicos, é cedo para dizer que ele foi envenenado. Gaidar, um acadêmico que faz algumas críticas à política econômica de Putin, está se recuperando em um hospital.
Governistas querem agora regular as bets após ignorar riscos na ânsia de arrecadar
Como surgiram as “novas” preocupações com as bets no Brasil; ouça o podcast
X bloqueado deixa cristãos sem alternativa contra viés woke nas redes
Cobrança de multa por uso do X pode incluir bloqueio de conta bancária e penhora de bens