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20 filhotes

Cientistas realizam primeiro ultrassom em tubarão tigre da história

Tubarão tigre, a fêmea grávida foi batizada de Emily e será acompanhada pela equipe de biólogos marinhos. | Reprodução/Youtoube Discovery
Tubarão tigre, a fêmea grávida foi batizada de Emily e será acompanhada pela equipe de biólogos marinhos. (Foto: Reprodução/Youtoube Discovery)

Um grupo de cientistas realizou um ultrassom em um tubarão tigre pela primeira vez no mês de junho. Os pesquisadores desenvolveram a técnica para ajudar a proteger a população de tubarões, e acabaram encontrando o primeiro exemplar com pelo 20 filhotes na barriga na praia Tiger Beach, nas Bahamas.

A operação, registrada pela Discovery em um vídeo, é uma inovação. No passado, os estudiosos teriam de cortar o animal para determinar se seria gestante ou não. “Nós não sacrificamos humanos para constatar gravidez, por que teríamos de fazer isso com tubarões?”, disse Neil Hammerschlag, um dos cientistas, sobre a experiência.

Reprodução/ Youtube Discovery

Pelo menos duas dezenas filhotes bem desenvolvidos, de cerca de 40 a 45 centímetros de comprimento, puderam ser identificados no procedimento. A equipe percebeu, ainda, que os pequenos estão em ⅔ de seu desenvolvimento e que em apenas mais alguns meses estarão prontos para nascer.

Batizada de Emily, a exemplar de tubarão será equipada com uma etiqueta acústica e de satélite, para que a equipe possa localizá-la. De acordo com o depoimento do biólogo marinho James Sulikowski ao Discovery, rastrear essa fêmea talvez permita que os estudiosos encontrem uma área específica utilizada pela espécie para dar à luz. “Nós poderíamos, então, proteger essa região e ajudar a conservá-la para que os animais se desenvolvam melhor”.

Reprodução/ Youtube Discovery

O equipamento, acoplado na barbatana de Emily, irá se soltar em cerca de um ano, quando seu corpo irá cicatrizar e voltar ao normal.

Tubarão grávida?

Em termos de reprodução os tubarões se dividem quanto ao desenvolvimento do embrião fecundado. Algumas espécies (cerca de 20%, segundo o site Bio Curiosidades) são ovíparas - botam ovos e os filhotes crescem na própria estrutura. A maioria (70%) é ovivípara, condição em que os fetos se desenvolvem no interior de um ovo que fica dentro do corpo da mãe.

A outra subdivisão, na qual Emily se encontra, é a de vivíparos, que incluem 10% das espécies de tubarões. Nesse caso, o embrião dos animais se desenvolve dentro do útero materno.

Veja o vídeo do ultrassom do tubarão

Colaborou: Cecília Tümler

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