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Cientistas vão começar a testar se o tratamento com anticorpos do sangue de sobreviventes do ebola pode ajudar pacientes infectados a combater a doença em um teste clínico na Guiné, marcado para o mês que vem. Se o teste tiver um bom desempenho, o chamado soro convalescente pode ter o uso ampliado rapidamente como uma intervenção de curto prazo, enquanto o trabalho continua no desenvolvimento de drogas e vacinas.
Um consórcio internacional de pesquisa liderado pelo Instituto de Medicina Tropical em Antuérpia, na Bélgica, está realizando o trabalho no país da África Ocidental que marcou o início do pior surto de ebola em março deste ano, depois de receber uma doação de 2,9 milhões de euros da União Europeia.
"O tratamento com sangue e plasma é uma intervenção médica com um longo histórico, usado de maneira segura em outras doenças infecciosas", disse ontem o coordenador do projeto, Johan van Griensven. "Queremos saber se essa abordagem funciona para o ebola, se é segura e se pode ser colocada em ação para reduzir o número de mortes no surto atual."
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, no último mês, que fossem desenvolvidos projetos com o uso de produtos derivados do sangue de sobreviventes.
Plasma
O sangue e o plasma recuperados de pacientes com ebola já foi usado no passado, durante o surto de 1995 em Kikwit, na República Democrática do Congo, quando sete de oito pacientes que receberam o soro feito com o sangue sobreviveram.
Contudo, como o número de pacientes que receberam o tratamento com o soro é muito pequeno até hoje, ainda não está claro qual é a eficiência do tratamento.
Manhattan
Depois de ter tratado pacientes com ebola em Guiné, um médico americano de 33 anos voltou para Nova York com suspeita de ter contraído a doença. Ele foi levado a um hospital na ilha de Manhattan ontem, após ter ligado para a polícia alegando que sentia febre. O homem, cujo nome ainda não foi divulgado, foi posto em quarentena e está sendo observado.
R$ 77,6 milhões
A União Europeia arrecadou ontem mais 24,4 milhões de euros (R$ 77,6 milhões) para o fundo de combate ao vírus ebola. Os novos recursos devem ser direcionados para investimentos em pesquisas de uma vacina.