O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou sábado que os resultados da eleição do último domingo são "irreversíveis" e esclareceu que a auditoria iniciada não corresponde a uma revisão destes.

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"Esta auditoria não é uma recontagem de votos e também não tem objetivo algum de revisar os resultados", afirmou a reitora do CNE, Sandra Oblitas, uma das cinco que tem o poder eleitoral.

A funcionária se queixou que se haja "uma falsa expectativa sobre uma suposta recontagem dos votos" e indicou que "a medida apenas comprova que os resultados eleitorais estão sujeitos a uma auditoria".

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Na última quinta-feira, após quatro dias de grande tensão na Venezuela e quando os chefes de Estado da União de Nações Sul-americanas (Unasul) estavam reunidos no Peru para abordar a situação política do país, o CNE anunciou a ampliação da auditoria eleitoral a 100% dos votos das eleições.

"Decidimos (...) ampliar a auditoria de verificação cidadã em sua fase dois que foi iniciada no dia de hoje para realizar a auditoria sobre 46% das caixas de resguardo que não foram auditadas no dia da eleição", assinalou a presidente do CNE, Tibisay Lucena, em uma declaração pública.

Na ocasião, Lucena explicou que o CNE havia tomado esta decisão "atendendo a uma situação evidentemente particular" que "em nenhum caso deve ser interpretada como recontagem".

A reitora da CNE Sandra Oblitas, por sua vez, denunciou hoje "uma operação de saturação midiática que procura criminalizar e superexpor qualquer situação nos centros de votação", além de ter indicado que não permitirá que "a verificação do funcionamento da plataforma se transforme em uma espécie de julgamento político publicitário".

"Anunciamos os resultados no dia 14 de abril e estes são irreversíveis, como sempre foram. O Conselho Nacional Eleitoral quando emite os resultados ao país é porque os mesmos são irreversíveis", apontou Sandra, que ressaltou que o trabalho do CNE "está focado na verificação" da plataforma.

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A funcionária assegurou que, se os resultados "não são reconhecidos por alguma parte, existem as instâncias legais para recorrê-los", afirmando que na Venezuela "existe um estado de direito que garante saídas legais para as inconformidades eleitorais".

Neste aspecto, a relatora explicou que, "quem não estiver contente com os resultados", deve comparecer perante a Suprema Corte como "um direito" e apontou que as forma de comparecer perante esse poder estão estabelecidas na lei orgânica de processos eleitorais.

Ao se referir à auditoria, Capriles anunciou hoje que a oposição formou uma equipe que acompanhará este processo e indicou que compreende "todos os elementos que compõem o processo eleitoral".

Desta forma, Capriles sustentou que as 12 mil caixas que serão levadas para auditoria poderá determinar que "esse resultado não corresponde à verdade".

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