A coalizão de países que está impondo a zona de exclusão aérea sobre a Líbia atacou os alvos militares do líder líbio, Muamar Kadafi, com mísseis de cruzeiro e bombardeios aéreos, enquanto levava adiante seus esforços para que os partidários dele parem de combater e deixem de atacar civis, disse o vice-almirante dos Estados Unidos Bill Gortney nesta quinta-feira.

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Gortney, diretor do comando conjunto militar dos EUA, disse que a coalizão lançou 14 mísseis Tomahawk à noite e realizou 130 voos.

Além de policiar a zona de exclusão aérea, eles atacaram uma instalação de defesa aérea perto de Trípoli, uma bateria de mísseis Scud no sul e tropas de Kadafi que manobravam perto de Misrata e Ajdabiya, disse ele.

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Quarenta e nove voos foram para ataques contra alvos específicos enquanto os demais eram de patrulhamento. Praticamente metade das incursões aéreas foi feita pela aviação dos EUA.

Gortney afirmou que a campanha incluiu mais de 350 aviões, 38 navios no mar e milhares de militares. Aviões de outros países fizeram cerca de 75 por cento dos voos de patrulhamento.

"É justo dizer que a coalizão está crescendo tanto em tamanho como em capacidade a cada dia", disse ele a repórteres, no Pentágono (Departamento de Defesa).

"Estamos trabalhando duro para poder transferir a direção desta operação para uma estrutura de comando da coalizão (a Otan) já neste fim de semana", declarou Gortney.

Ele afirmou que a coalizão está usando toda a ferramenta a seu dispor para convencer Kadafi a parar com o fogo e deixar de atacar civis, mas ele disse não estar a par de que as demandas tenham sido atendidas.

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"Nossa mensagem para as tropas do regime é simples: Parem de combater. Parem de matar. Parem de matar seu próprio povo. Parem de obedecer às ordens do coronel Gaddafi", disse Gortney.

"Enquanto vocês estiverem desafiando essas exigências nós vamos continuar atacando vocês e fazendo com que seja mais difícil para vocês continuar seguindo."

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