Trabalhadores coletam óleo no balneário Ilha dos Golfinhos, no Alabama, EUA, em meio a banhistas| Foto: Sean Gardner / Reuters
Presidente Barack Obama com o comandante da Força Nacional Thad Allen (esq.) após visita à New Orleans: desastre representa um teste difícil para o presidente
Governador de Louisiana, Jindals Bobby, sobrevoa área com areia dragada para contenção do petróleo que chegou à costa
Barcos de pesca navegam em áreas atingidas por vazamento de óleo
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Os esforços para estancar o vazamento de petróleo de um poço em águas profundas no Golfo do México parecem estar funcionando, disseram neste sábado autoridades norte-americanas, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu sua atuação na crise ambiental.

Após atingir refúgios de vida selvagem na Louisiana e ilhas no Mississippi e no Alabama, a mancha de óleo alcançou algumas das praias mais famosas da Flórida. O número de animais mortos ou contaminados está crescendo. Mas, 47 dias após o início da crise, uma solução parcial finalmente parece ter sido obtida.

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As tampas de contenção que a gigante britânica do setor energético BP Plc colocou em cima do vazamento coletaram cerca de 6.000 barris de petróleo na sexta-feira, muito acima das estimativas iniciais, disse o comandante da Guarda Costeira norte-americana, Thad Allen.

A BP estimou ter recolhido 6.077 barris e afirmou no Twitter que uma "melhora na coleta de petróleo é esperada nos próximos dias."

A taxa de coleta ainda está em apenas um terço do vazamento diário no poço, que foi avaliado em 19.000 barris por dia pelo governo norte-americano, mas já há um grande progresso nesse drama ambiental que dura sete semanas e atraiu a atenção mundial.

Allen afirmou que a capacidade total do dispositivo de contenção da BP é de 15.000 barris por dia, o que ele chamou de "limite máximo" atual dos esforços de controle do vazamento.

A BP não espera conseguir estancar totalmente o vazamento até agosto, quando dois outros poços devem ser finalizados.

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Allen disse que os ventos continuam levando partes da mancha de óleo para a uma grande faixa da costa, que sai da fronteira de Mississippi com o Alabama e chega ao Porto St Joe, na Flórida. A distância entre esses pontos é maior do que 320 quilômetros.

Pescadores da Flórida ganharam uma boa notícia quando a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional reabriu na sexta-feira 41.400 quilômetros quadrados de área de pesca, que havia sido fechada no dia 2 de junho como precaução. Mesmo assim, cerca de 32 por cento das águas norte-americanas no Golfo do México, ou 202.500 quilômetros quadrados, permanecem fechadas para a pesca. O abastecimento dos mercados de camarões e ostras nos EUA saem dessa região.

Pescadores que estão sem trabalho mostraram sua frustração com a BP e o governo em um almoço em Lafitte, na Louisiana, na sexta-feira.

"O governo precisa começar a gastar algum dinheiro agora", afirmou Jerry Perrin, que captura caranguejos há 60 anos na Louisiana.

A extensa e fragmentada mancha de óleo chegou pela primeira vez à costa da Flórida na sexta-feira, quando bolas de alcatrão e uma película gordurosa foram vistas em Pensacola Beach.

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Obama realizou na sexta sua terceira visita à Costa do Golfo desde a explosão de uma plataforma, ocorrida em 20 de abril e que deixou 11 mortos, em meio a críticas de que o governo não foi agressivo o suficiente para combater a crise.

Em seu discurso semanal na rádio, neste sábado, Obama disse que o seu governo colocou em prática o maior esforço de resposta a um desastre ambiental na história dos Estados Unidos. O governo está "mobilizado em todas as frentes", disse.