A Colômbia se comprometeu a garantir as atividades das organizações defensoras dos direitos humanos e ofereceu fortalecer a proteção de seus integrantes depois das ameaças de supostos paramilitares de ultradireita.
Entre as organizações que receberam ameaças por e-mail de supostos paramilitares está o Escritório em Washington para Assuntos Latino-Americanos (Wola, na sigla em inglês).
"A Presidência da República pediu às autoridades que esses acontecimentos sejam investigados com profundidade e ratifica seu compromisso de garantir o livre exercício das atividades destas organizações", disse um comunicado do governo.
"Assim mesmo, o governo nacional pede à comunidade, às vítimas e aos defensores dos direitos humanos que denunciem esse tipo de ameaça", acrescentou.
Um grupo autodenominado "Águias Negras" declarou como alvo militar vários grupos humanitários que trabalham no país, abalado por um conflito interno de mais de 45 anos que já matou milhares de pessoas.
Estão envolvidos no conflito nacional as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), paramilitares de ultradireita e as Forças Armadas. De acordo com o governo, as Farc e antigos paramilitares se financiam com o narcotráfico.
Além do Wola, a lista de ameaçados inclui a Consultoria para Direitos Humanos e o Deslocamento (Codhes), o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) e a Associação Nacional de Afro-Colombianos Deslocados (Afrodes).
No ano passado, 32 ativistas e defensores dos direitos humanos foram assassinados na Colômbia, de acordo com o programa governamental "Somos Defensores".
- Farc planejavam grande ataque em Bogotá, diz governo
- Presidente da Colômbia diz que só descansará depois de libertar reféns em poder da guerrilha
- Mais um chefe das Farc morre em bombardeio na Colômbia
- ETA teria recebido treinamento na Venezuela, afirma juiz
- Espanha prende 41 por suspeita de lavar dinheiro para as Farc