A maior guerrilha de esquerda da Colômbia pretendia realizar um ataque de grande impacto com um carro-bomba na capital do país e tinha vários alvos possíveis, entre eles o presidente Juan Manuel Santos e altos comandos militares, informou na quinta-feira o governo.
O ministro de Defesa, Rodrigo Rivera, disse que o plano das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foi descoberto com base em informações encontradas nos computadores do chefe militar do grupo rebelde, Juan Suárez Briceño, conhecido como El Mono Jojoy, morto há um mês durante um bombardeio ao sul do país.
"Descobrimos um plano terrorista das Farc para detonar um carro-bomba em Bogotá", disse o funcionário.
"Entre os objetivos colocados pelos terroristas estavam alguns militares e policiais, além de altas personalidades, como o ex-presidente Álvaro Uribe e o próprio presidente Juan Manuel Santos", acrescentou Rivera.
De acordo com fontes de segurança, com o frustrado ataque as Farc pretendiam desmoralizar a ofensiva militar do governo contra o grupo guerrilheiro.
Rivera explicou também que, durante a Operação Grécia, a polícia conseguiu capturar Luz Delia Hincapié, que pertencia ao Bloco Oriental das Farc, que, em 2001, colaborou com a fuga de 98 guerrilheiros de uma prisão ao sul de Bogotá.
Na mesma operação, as autoridades apreenderam um veículo particular que seria carregado com 10 quilos de um poderoso explosivo para ser colocado em uma rua da capital do país por onde passam obrigatoriamente altos funcionários do governo e comandantes das Forças Militares e da Polícia Nacional.